segunda-feira, 18 de dezembro de 2017

AUTOCARRO INSULAR DERRETIDO PELA CHAMA DO DRAGÃO
















FICHA DO JOGO





























Foi contra um autocarro que o FC Porto teve hoje de se confrontar, naquilo que se pretendia fosse um jogo de futebol. Confesso que foi com alguma surpresa que assisti a uma actuação retrógrada, de um adversário que costuma ser tradicionalmente difícil, principalmente pelas acções positivas do seu futebol elaborado e bem jogado, raras vezes recorrendo ao anti-jogo primário que hoje vimos em catadupa no Dragão.

Foi por isso uma decepção já que tal esquema prejudicou, e de que maneira, o futebol espectáculo, que só apareceu a espaços, graças às qualidades técnicas e colectivas deste FC Porto.

Sérgio Conceição voltou a mexer no onze titular, recuperando Brahimi em vez de Corona.





















Praticamente com duas linhas de 5 jogadores (cinco defesas com 3 centrais e quatro médios mais um hipotético avançado que raras vezes passou a linha de meio campo), a equipa do Marítimo foi criando algum desconforto à manobra ofensiva portista, roubando espaço e congestionando eficazmente os caminhos da sua baliza.

Foram necessários 11 minutos para que os Dragões pudessem criar algum perigo, num remate intencional de Brahimi, que saiu muito perto do poste da baliza de Charles.

Três minutos depois, numa incursão pela direita de Maxi Pereira assistindo Ricardo, o guardião insular negou o golo, com uma defesa de elevada dificuldade.

Mas aos 19 minutos Diego Reyes desbloqueou o marcador. Na sequência de um canto marcado à esquerda por Alex Telles, o defesa mexicano, bem posicionado no interior da área, saltou mais alto e desviou a bola para o interior da baliza, estreando-se a marcar pela equipa principal do FC Porto.























Porém, e contra a corrente do jogo, num lance de alguma felicidade o Marítimo empatou. Foi numa jogada rara de contra-ataque. José Sá defendeu um potente remate de Ricardo Valente, a bola sobrou para a direita onde se encontrava outro jogador madeirense que cruzou para o remate na passada de Fábio Pacheco, tabelando ligeiramente em Reyes, traindo o guardião portista.

Balde de água fria e sabor a grande injustiça pois o Marítimo nada tinha feito para justificar a igualdade.

Os azuis e brancos não esmoreceram e continuaram a tentar  ferir de morte a barreira hiper-defensiva do seu adversário cada vez mais refinado nos métodos do anti jogo, com a complacência do «padre» ordenado pelo polvo vermelho, hoje muito sociável com jogadores e treinadores, entrando em grandes conversas amiudadamente (coisa rara em jogos de futebol). 

Aos 39 minutos Gamboa viu o segundo cartão amarelo, por falta grosseira e foi bem expulso. O Marítimo fechou ainda mais e disso se aproveitou o FC Porto. a equipa intensificou o ataque e o golo surgiu naturalmente. Assistido por Brahimi, Marega surgiu pela esquerda, aguardou a saída de Charles e com um remate cruzado fez a bola entrar no ângulo mais distante, obtendo um golo espectacular. Estava reposta alguma justiça no resultado.

O segundo tempo foi mais do mesmo, ou seja, o Marítimo apenas e só preocupado em não sofrer golos e o FC Porto a jogar com paciência e a tentar de todas as maneiras e feitios dilatar o marcador. 

Viram-se boas jogadas, alguns gestos técnicos de elevada categoria, mas a concretização, umas vezes por infelicidade, outras por mérito dos defesas, outras por alguma atrapalhação, foi sendo adiada, até que aos 78 minutos Marega conseguiu finalmente fazer as redes balançarem mais uma vez. Nova assistência de Brahimi que o maliano aproveitou para desferir um remate cruzado sem hipóteses de defesa.























Estava encontrado o resultado final, de um jogo de futebol muito prejudicado pela postura da equipa do Marítimo que se deslocou ao Dragão para não perder por muitos.

Com esta vitória o FC Porto recuperou a liderança em igualdade pontual com o Sporting.

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