quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

DRAGÃO SEM ARGUMENTOS NÃO EVITA ELIMINAÇÃO ANUNCIADA















FICHA DO JOGO


























Tinham de acontecer duas situações verdadeiramente excepcionais para que a tendência da eliminatória fosse revertida a favor do FC Porto. A primeira seria uma exibição de sonho que realisticamente não está ao alcance desta equipa nem deste plantel. A segunda seria a conjugação com uma noite desastrada da equipa adversária, quase impossível de acontecer. Nenhuma das duas obviamente aconteceu e por isso o natural afastamento da prova, sem surpresa.

José Peseiro bem tentou passar uma mensagem de confiança na remontada, no seu dizer, alicerçada na crença transmitida pelos seu jogadores, suponho que para chamar gente ao Estádio muito mais do que na sua própria convicção. Ele melhor que ninguém conhece as fragilidades do plantel que herdou, os problemas que atravessa (físicos e anímicos) e estava bem consciente que a desvantagem trazida da Alemanha era praticamente inultrapassável.

Penso mesmo que tal desconfiança ficou traduzida no escalonamento do onze principal, onde foi obrigado uma vez mais a mexer na defesa, optando por colocar Miguel Layún como central, ao lado de Marcano, recorrendo ao elemento mais fraco do plantel, José Angel, para cobrir o lado esquerdo, permitindo deste modo manter Danilo Pereira no seu posto habitual, na companhia de Rúben Neves e Evandro, deixando no banco os habituais André André e Herrera. Também na linha dianteira fez alterações. Marega retomou a ala direita, Aboubakar no eixo e Varela na ala esquerda, relegando para o banco Corona, Suk e Brahimi que tinham jogado frente ao Moreirense.

Demasiadas mexidas para um jogo que se pretendia intenso, competente e eficaz.

























O jogo teve talvez por isso pouca história. O FC Porto não foi capaz de produzir um futebol consistente, capaz de desmontar a estratégia adversária que se apresentou no Dragão com as cautelas devidas e a produzir um futebol calmo, de posse e contenção de bola, controlador, até com um certo ar de treino e com uma equipa constituída por alguns suplentes, numa demonstração clara de gestão de meios e esforço, nitidamente à espera de aproveitar alguma das falhas primárias que os azuis e brancos costumam oferecer.

O jogo tornou-se desta forma pouco ou nada interessante, tanto mais que os Dragões, tolhidos pelo receio de falhar eventuais ousadias, se remeteram a um futebol lento, previsível e fácil de anular.

Ainda por cima sofreram aos 23 minutos o golo que ditou a derrota neste jogo, num lance ferido de ilegalidade que o trio de arbitragem aceitou.

Pouco mais há a dizer sobre o encontro, a não ser que Danilo Pereira foi talvez o único elemento portista que merecia melhor sorte. Jogou que se fartou, encheu o campo fazendo uma exibição memorável. Pena que mais ninguém o tenha seguido. 






















É justo acrescentar que a equipa portista, apesar de tudo não merecia a derrota. Teve alguns (poucos) bons momentos em que poderia ter marcado, no final da primeira parte (Evandro e Varela estiveram muito perto do golo) e pouco depois da entrada de Suk, com Brahimi que rendera Varela aos 65 minutos a desperdiçar mais uma bela ocasião, atirando à barra.

Um adeus lógico às competições europeias desta época sem brilho que põe de algum modo em causa o prestígio do Clube que tanto esforço custou a conquistar.

Outro dado a registar é que os azuis e brancos estiveram 15 jogos sem conhecer o sabor amargo da derrota, desde o início da temporada e a partir de então, nos 24 jogos seguintes registaram nada mais, nada menos que 10 derrotas. É caso para reflectir!

1 comentário:

  1. A treinar para o Restelo.

    Luís (O do Nuno Espírito Santo, Pedro Martins, ou Lito Vidigal)

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