quarta-feira, 29 de abril de 2015

GOLEADORES PORTISTAS - Nº 101












JÚLIO - Goleador Nº 101

Apontou 18 golos em 77 jogos realizados com a camisola do FC Porto, durante as oito temporadas ao seu serviço (1971/72 a 1976/77 e 1981/82 a 1982/83).

Júlio Carlos da Costa Augusto, nasceu a 26 de Março de 1953, Porto.

Avançado vindo da formação portista, campeão nacional de juniores na temporada de 1970/71, ficou no plantel principal durante as 6 temporadas seguintes.






















Ponta de lança com apetência para o golo, Júlio nunca foi capaz de se impor como indiscutível, sendo utilizado esporadicamente pelos diversos treinadores com quem trabalhou e foram tantos (António Teixeira, Paulo Amaral, António Feliciano, Fernando Riera, Bella Guttmann, Aimoré Moreira, Stankovik, Monteiro da Costa, José Maria Pedroto e mais tarde Hermann Stessl).

A sua estreia oficial na equipa principal do FC Porto aconteceu no dia 7 de Maio de 1972, no estádio Alfredo da Silva, no Barreiro, frente à CUF, em jogo da 27ª jornada do Campeonato nacional, com derrota por 1-0, tendo saído do banco para substituir o avançado titular Lemos.

Apesar da sua inegável qualidade, a sua instabilidade emocional e o peso da camisola azul e branca, acabaram por ser factores decisivos, para a sua pouca utilização. Era um jogador rápido e perigoso, com engodo pela baliza, e de uma capacidade técnica acima da média. Era capaz de criar jogadas geniais e aparecer com relativa facilidade em zonas de finalização, mas também capaz de desperdiçar com alguma frequência o remate final, deixando a massa adepta do Clube incrédula e intolerante, brindando-o com assobios, fazendo dele um «patinho feio».

Na temporada de 1977/78 foi cedido ao Varzim onde  foi figura de proa. O atleta, livre de pressão, mostrou então os seus dotes naturais de goleador, provocando o interesse do Boavista, clube que representou por três temporadas consecutivas (1978/79 a 1980/81).

Os seus bons desempenhos ao serviço dos axadrezados levaram ao seu regresso ao FC Porto, de Hermann Stessl, por mais duas temporadas, mas voltou a não ser feliz, especialmente na segunda época, às ordens de Pedroto.














O passo seguinte foi assinar pelo Vitória de Guimarães (1983/84), treinado então pelo seu conhecido Hermann Stessl, mas apesar do seu bom contributo apenas se manteve durante uma época, passando a representar, em 1984/85, o Portimonense.

A sua última temporada em actividade seria a de 1985/86, ao serviço do clube portuense Sport Comércio e Salgueiros.

Palmarés ao serviço do FC Porto (2 títulos):
1 Taça de Portugal (1976/77)
1 Supertaça Cândido Oliveira (1980/81)

Fontes: Almanaque do FC Porto, de Rui Miguel Tovar e ZeroaZero.pt

domingo, 26 de abril de 2015

EMPATE FOI PASSO ATRÁS NA LUTA PELO TÍTULO
















FICHA DO JOGO


























O empate desta tarde na Luz, deixou o FC Porto muito mais longe do objectivo de resgatar o título nacional. Deixou de depender de si próprio, ficou ainda mais fragilizado na luta directa com o seu adversário de hoje e só um milagre poderá alterar a tendência normal, nas próximas 4 jornadas finais.

Resta agora continuar a lutar para assegurar o segundo lugar e retardar até ao limite a festa quase inevitável do seu rival.

Peço desculpa aos meus habituais leitores por não poder fazer a minha análise deste jogo, que não vi por não ter acesso à antena desse clube e me recusar terminantemente a seguir as suas transmissões, pela forma acéfala com que têm tratado o nosso Clube.

Segui a cobertura radiofónica da rádio 5 com os comentários do conhecido portista Bernardino Barros e a ideia com que fiquei foi que o FC Porto não conseguiu ser contundente em termos ofensivos, apesar de lhe ter pertencido a iniciativa do jogo, na maior parte do desafio. E por aqui me fico.

sábado, 25 de abril de 2015

O TUDO OU NADA









Após a goleada em Munique, que ditou o afastamento do FC Porto da prova rainha do futebol europeu, os Dragões sem tempo para respirar, deslocam-se a casa do principal rival e líder do campeonato, com o espírito de conseguir o melhor resultado, capaz de catapultar a equipa para um final de época glorioso, num jogo de grande responsabilidade.

Dizem os «experts» que se trata do jogo do título. Pode ser ou não. Só a derrota portista  lhes dará razão porque só esse resultado decidiria o campeão nacional, tendo em conta o fosso pontual que se cavaria. Seis pontos que na realidade seriam sete, irrecuperáveis à luz das probabilidades lógicas que não das matemáticas. 

Com um empate, os Dragões ainda que não afastados completamente do título, deixariam de depender de si próprios e ficariam na expectativa de pouco prováveis escorregadelas do líder.

Mesmo a vitória não garante de imediato o objectivo. A diferença de golos pode vir a ser de primordial importância e o adversário tem no momento melhor goal-avarage, quer no confronto directo como no geral. Depois ficariam as equipas em igualdade pontual e por isso sem qualquer margem de segurança para as 4 jornadas restantes.

Ao FC Porto só a vitória interessa e se possível por mais de 2 golos.

Julen Lopetegui só não pode contar com Cristian Tello, ainda a recuperar de lesão. Em relação aos convocados para Munique, regista-se os regressos dos laterais Danilo e Alex Sandro, que tanta falta fizeram nesse malfadado jogo. Ricardo Nunes, Diego Reyes e Gonçalo Paciência, foram os preteridos.

QUADRO COMPLETO DOS CONVOCADOS



















EQUIPA PROVÁVEL






















COMPETIÇÃO: LIGA NOS 2014/15 - 30ª JORNADA
PALCO DO JOGO: ESTÁDIO DA LUZ - LISBOA
DATA E HORA DO JOGO: DOMINGO, 26 DE ABRIL DE 2015, ÀS 17:00 H
ÁRBITRO NOMEADO: JORGE SOUSA - A.F. PORTO
TRANSMISSÃO TELEVISIVA: BENFICA TV

quinta-feira, 23 de abril de 2015

GOLEADORES PORTISTAS - Nº 100












Apontou 18 golos em 202 jogos realizados com a camisola do FC Porto, durante as 9 temporadas ao seu serviço (1945/46 a 1952/53 e 1954/55).

Joaquim Machado nasceu no dia 22 de Fevereiro de 1922, em Leça da Palmeira, tendo começado por jogar no clube da sua terra natal, o Leça F.C, ingressando no FC Porto na temporada de 1945/46.





















Começou por jogar na linha  avançada, mais concretamente a extremo-esquerdo, mas mais tarde fixou-se na linha média, patenteando em quaisquer das posições, entusiasmo e competência, qualidades que o levariam a fazer parte da selecção nacional, cuja prestação pode ser recordada aqui.

A sua estreia oficial com a camisola do FC Porto aconteceu no dia 23 de Setembro de 1945, no Campo da Constituição, frente ao Boavista, em jogo a contar para a 1ª Jornada do Campeonato Regional do Porto, com derrota por 0-4, sob a orientação do técnico húngaro Joseph Szabo.

Nas competições nacionais fez o primeiro jogo de Dragão ao peito, no dia 9 de Dezembro de 1945, no Estádio do Lima, frente ao Vitória de Guimarães, jogo da 1ª Jornada do Campeonato Nacional, com vitória portista por 3-2.

Jogador correcto, de fino trato e exemplo de desportista completo, granjeou enorme admiração e simpatia entre a massa associativa portista e não só.

Fez parte da equipa que derrotou o famoso Arsenal de Londres, em Maio de 1948, mas não conseguiu amealhar títulos nacionais. 

Em termos de palmarés, apenas registou 2 títulos regionais, somando 16 presenças e 5 golos.

















Fonte: Almanaque do Fc Porto, de Rui Miguel Tovar

terça-feira, 21 de abril de 2015

SONHO VIROU PESADELO















FICHA DO JOGO


























Esta noite em Munique imperou a lei do mais forte e o FC Porto acabou trucidado durante uma primeira parte de pesadelo em que a equipa portista não foi capaz de disfarçar a ansiedade, a juventude, a inexperiência e a falta dos seus dois defesas laterais.

Durou apenas 14 minutos a resistência portista que após o primeiro golo se desnorteou e nunca foi capaz de se organizar minimamente tornando a tarefa do adversário num autêntico passeio. Um banho de futebol só corrigido na segunda parte.

Sem os habituais defesas laterais, Lopetegui surpreendeu ao colocar Diego Reyes a defesa direito, já que Martins Indi na esquerda foi a presença lógica, num plantel que neste aspecto manifesta desequilíbrio. José Angel, o segundo lateral esquerdo não foi inscrito, por opção técnica, e na direita, Opare foi estranhamente emprestado.























Depois de uma primeira parte horrível e com o resultado em 5-0, sem um único remate à baliza, situação imprevista mesmo pelos mais pessimistas dos analistas, restava ao FC Porto tentar rectificar a sua imagem e encarar o tempo complementar com uma atitude mais positiva e condizente com o prestígio que o clube merecidamente ostenta.

O técnico portista deixou Quaresma no balneário e introduziu Rúben Neves para reforçar o meio-campo. Casemiro recuou para central e Martins Indi passou a jogar mais adiantado pelo seu flanco. 

A estratégia resultou até porque a equipa alemã teve de abrandar o ritmo, pois não era possível manter a «cavalgada» do primeiro tempo.

Viu-se então o FC Porto mais perto da sua realidade, a ganhar espaço e posse de bola e a aparecer mais perto da área do Bayern. Jackson Martinez fez o golo de honra, após cruzamento da direita de Herrera com o colombiano a corresponder de cabeça.

Minutos mais tarde o mesmo Jackson poderia ter bisado, num remate rasteio que passou a milímetros do poste, com Neuer já batido.

Para piorar a situação Marcano foi expulso e o Bayern marcou mais um golo.

Derrota expressiva, mas justa, face ao descalabro da equipa portista durante os primeiros 25 minutos de jogo.

segunda-feira, 20 de abril de 2015

SUAR A CAMISOLA ATÉ À EXAUSTÃO









É com a almofada real de apenas 1 golo que o FC Porto se desloca à Alemanha para tentar resistir à forte formação do Bayern de Munique, hoje considerada uma das melhores do Mundo. Um segundo golo sofrido sem obtenção de golos favoráveis, colocaria os Dragões fora da prova, face ao golo sofrido na 1ª mão.

Ninguém duvida das grandes dificuldades por que vai passar a turma portuense, mas apesar dessa consciência queremos continuar a acreditar num final feliz, que é como quem diz, na passagem às meias finais.

Lopetegui não pode contar com dois elementos preponderantes na defensiva, os laterais Danilo e Alex Sandro, que admoestados com o cartão amarelo no jogo do Dragão, ficaram automaticamente excluídos para este jogo da 2ª mão.

O técnico portista vai ter que improvisar para apontar soluções, o que diga-se, não vem nada a calhar. 

São 20 as opções portistas que se deslocaram a Munique, afinal quase todos os disponíveis do plantel principal, onde só o guarda-redes Andrés Fernandez e o avançado Adrián Lopez não foram eleitos por opção técnica. Os defesas laterais encontram-se impedidos por castigo, como acima referido e Cristian Tello, continua em fase de recuperação da sua lesão.

QUADRO COMPLETO DOS CONVOCADOS



















Face aos impedimentos conhecidos, o técnico basco vai ter de mexer no onze principal e tudo leva a crer que Ricardo Pereira, na direita e Martins Indi, na esquerda, com Maicon e Marcano a centrais, será a solução mais lógica para compor o quarteto defensivo, salvo algum contra-tempo de última hora.

EQUIPA PROVÁVEL






















COMPETIÇÃO: UEFA CHAMPIONS LEAGUE 2014/15 - QUARTOS DE FINAL - 2ª MÃO
PALCO DO JOGO: ALIANZ ARENA - MUNIQUE - ALEMANHA
DATA E HORA DO JOGO: TERÇA-FEIRA, 21 DE ABRIL DE 2015, ÀS 19:45 H
ÁRBITRO NOMEADO: MARTIN ATKINSON - INGLATERRA
TRANSMISSÃO TELEVISIVA: TVI

sábado, 18 de abril de 2015

CONJUNTURA DETERMINOU GESTÃO E ESTA OS SERVIÇOS MÍNIMOS
















FICHA DO JOGO


























Depois de uma jornada europeia exigente e desgastante aliada ao facto de as entidades responsáveis pelo futebol profissional português não terem tido a flexibilidade indispensável, ao ponto de não ser respeitado o intervalo de 72 horas entre dois jogos, Julen Lopetegui viu-se obrigado a recorrer a uma gestão muito mais profunda do que seria imaginável.

Submeteu-se a um enorme risco ao organizar um onze inicial onde faltaram nada mais, nada menos que nove dos habituais titulares (Danilo, Maicon, Marcano ou Indi, Casemiro, Herrera, Óliver Torres, Quaresma, Jackson Martinez e Brahimi), com a novidade da utilização de Alex Sandro como defesa-central.






















O resultado desta revolução na equipa, foi naturalmente negativo para a coesão, dinâmica e intensidade de jogo, com alguns elementos, de quem se esperava mais, a desperdiçar mais uma oportunidade de se afirmarem. Eu meu entender destacaram-se pela positiva, Hernâni, o melhor em campo, Rúben Neves, Evandro e José Angel.

O jogo começou com o FC Porto a trocar a bola mas sem grande progressão, perante uma Académica na expectativa e muito recuada.

Apesar da visível falta de rotinas entre os jogadores azuis e brancos, aos 12 minutos Hernâni aproveitou bem a primeira oportunidade para colocar a sua equipa na frente do resultado. Numa jogada corrida, Aboubakar recebeu a bola de costas para a baliza, na linha de meio campo, lançou para a esquerda, Esgaio falhou o corte e Hernâni aproveitou para invadir a área e rematar forte. Cristiano defendeu para a frente e na passada o mesmo Hernâni fez a recarga vitoriosa.





















Os Dragões, mesmo sem jogar bem, dominavam e encostavam os estudantes lá atrás e aos 36 minutos Evandro fez a bola esbarrar com estrondo no poste, perdendo-se nova ocasião para marcar. Logo a seguir, foi a Académica a desperdiçar incrivelmente uma oferta inqualificável de Alex Sandro que permitiu a Rafael Lopes caminhar quase sem oposição para a baliza, mas perante a aproximação de Diego Reyes, o avançado precipitou-se e não acertou com a baliza.

Até ao intervalo o FC Porto podia ter ampliado a vantagem, quase sempre pela boa prestação de Hernâni, mas nenhum dos seus colegas foi suficientemente eficaz e por isso as equipas recolheram ao balneário com o  magro resultado de 1-0.

No segundo tempo o cariz do jogo não se modificou. As dificuldades portistas continuaram, a ineficácia também, começou a surgir alguma intranquilidade que a Académica procurou explorar. 

O resultado tangencial era perigoso e Julen Lopetegui decidiu tirar Quintero, pouco em jogo, metendo Marcano para dar mais estabilidade defensiva. Alex Sandro foi para a sua posição e Angel avançou para extremo.

Os azuis e brancos continuaram a ser mais perigosos com Campaña de livre directo a obrigar Cristiano a aplicar-se e logo a seguir o endiabrado Hernâni colocou a bola redondinha na cabeça de Aboubakar, que falhou escandalosamente.

Quem não marca arrisca-se a sofrer. Não é que a Académica demonstrasse grande apetência para conseguir o golo, mas a verdade é que num lance fortuito tal podia acontecer. Ora à passagem do minuto 64, Fabiano passou por um calafrio ao defender à segunda um remate seguido de ressalto que poderia dar ao resultado uma expressão injusta.

À falta de esclarecimento a meio-campo, Lopetegui trocou Campaña por Óliver Torres e o futebol portista melhorou um pouco. Já com Jackson no lugar de Aboubakar, o FC Porto perdeu a melhor oportunidade de chegar ao segundo golo. Alex Sandro, num trabalho espectacular, ganhou a linha de fundo, cruzou com peso, conta e medida para Jackson, que liberto de adversários, a menos de 1 metro da baliza escancarada, atirou... sobre a barra! Pode?

O apito final do homem vestido de vermelho (a cor do clube do seu coração) soou logo a seguir.

Para a história ficam os três pontos da ordem, numa exibição muito frouxa, face à ousadia de Lopetegui ao alterar de forma quase radical a estrutura da equipa.

quarta-feira, 15 de abril de 2015

O ORGULHO DE UMA NAÇÃO QUE NÃO MERECE CLUBE TÃO COMPETENTE!















FICHA DO JOGO




























O FC Porto mostrou hoje ao país medíocre em que está inserido, que continua a ser a excepção que confirma a regra, confirmando-se como o baluarte do desporto nacional, bastião desdenhado e espezinhado pelos alienados e frustrados que pululam pela miserável comunicação social, espelho, esses sim, duma mentalidade tacanha e retrógrada.

Perante uma plateia de 50.092 espectadores vibrantes, apaixonados e ambiciosos, os Dragões souberam portar-se à altura da responsabilidade deste jogo, proporcionando um espectáculo competente, dinâmico e mesmo atractivo, em algumas fases.



















Julen Lopetegui fez alinhar o onze mais consensual de entre os atletas disponíveis, com a inclusão do recuperado Jackson Martinez, que apesar dos problemas físicos por que passou, se apresentou em boas condições.






















Os azuis e brancos, puxados pelos incitamentos das bancadas, chegaram cedo ao golo. Fruto da pressão alta com que iniciou a partida, para travar o bom funcionamento da máquina alemã, Jackson Martinez roubou a bola a Xabi Alonso, obrigando Neuer a cometer grande penalidade, merecedora do cartão vermelho, mas o árbitro da partida, condescendentemente, mostrou-lhe apenas o amarelo. Quaresma, com toda a classe fez o primeiro da noite, enganando o guarda-redes alemão que se lançou para o lado contrário.




















O Bayern de Munique continuou a sentir-se desconfortável com a pressão portista e sete minutos depois foi Quaresma que «apertou» Dante, roubou-lhe a bola, isolou-se e à saída do guardião, aplicou a sua trivela, levando a multidão ao rubro.




















O jogo previsivelmente complicado começava a tornar-se fácil, face à eficácia dos Dragões, que em duas oportunidades não falhou.

Os bávaros começaram aturdidos, mas aos poucos foram-se recompondo, assumindo a posse de bola e empurrando o FC Porto para o seu meio-campo, raras vezes criando perigo. 

Aos 28 minutos, na sequência de uma série de cantos, Boateng cruzou do lado direito, a bola passou pelos dois centrais portistas e Thiago Alcântara livre de marcação, reduziu o marcador.

Os Dragões não se pertubaram e antes do intervalo criaram mais duas boas situações. A primeira por Alex Sandro, aos 34 minutos, num cruzamento remate que Neuer desviou para a barra e aos 44 minutos; Casemiro saltou mais alto que os defesas contrários, após livre marcado por Quaresma, mas a bola saiu a rasar o poste.

No segundo tempo, pedia-se um FC Porto a voltar a jogar no campo todo, reorganizando-se e não permitindo aos alemães o comando do jogo. Foi isso que aconteceu na maior parte do tempo. 

Aos 57 minutos Herrera teve tudo para fazer o terceiro mas Neuer não permitiu, com uma bela defesa, mas oito minutos depois o estádio do Dragão vibrou de alegria. Alex Sandro lançou longo para Jackson Martinez, o colombiano, recolheu fugiu para a baliza, contornou o guarda-redes alemão e atirou para delírio da plateia, conseguindo um resultado histórico. Pela primeira vez o Bayern de Munique averbou uma derrota em terras lusas.





















Até final os visitantes tentaram minimizar os estragos, mas o FC Porto, muito seguro, não deu quaisquer hipóteses.

Quaresma voltou a fazer uma excelente exibição, cotando-se como o melhor homem em campo, num conjunto de boas performances.

A nota negativa do encontro vai para a dualidade do critério disciplinar do árbitro espanhol Velasco Carballo, muito tolerante para os alemães e rigoroso para os portistas. A  Neuer foi-lhe poupada a expulsão no lance do penalty e a Lahm e Bernat o segundo amarelo. Já Danilo e Alex Sandro ao verem a cartolina amarela vão ficar de fora do jogo da 2ª mão.

terça-feira, 14 de abril de 2015

SEMPRE QUE O DRAGÃO SONHA A CHAMPIONS TORNA-SE REALIDADE









Ora aí está o jogo do ano, aquele  em que todos os atletas gostam de participar e se possível deixar a sua marca. Trata-se de um encontro de dificuldade máxima ou o adversário não fosse considerado o mais poderoso do Mundo, na actualidade.

Ainda que venha desfalcado, face ao número considerável de lesões, o poderio económico do Bayern garante substitutos de enorme qualidade, capazes de rivalizar com os habituais titulares.

Responsabilidade acrescida para o FC Porto que terá de apresentar os seus melhores argumentos e actuar com a máxima perfeição para conseguir o resultado que tos os portistas desejam.

Num jogo só e apesar do favoritismo que se reconhece aos alemães, os Dragões teriam mais hipóteses, como aconteceu em 1987, em Viena, em duas mãos a tarefa assume proporções bem mais complicadas.

Em todo o caso, sonhar ainda não paga imposto e por isso vamos acreditar.

Julen Loptetegui chamou para este jogo 20 atletas, dos quais sobressai desde logo a presença do colombiano e melhor marcador de golos portista, Jackson Martinez, que debelada a lesão que o afastou dos últimos compromissos, passa a opção importante. Também Quintero e Martins Indi estão de regresso, ficando de fora o castigado Ivan Marcano e José Angel.

QUDRO COMPLETO DOS CONVOCADOS






















EQUIPA PROVÁVEL






















COMPETIÇÃO: UEFA CHAMPIONS LEAGUE 2014/15 - QUARTOS DE FINAL - 1º MÃO
PALCO DO JOGO: ESTÁDIO DO DRAGÃO - PORTO 
DATA E HORA DO JOGO: QUARTA-FEIRA, 15 DE ABRIL DE 2015, ÀS 19:45 H
ÁRBITRO NOMEADO: VELASCO CARBALLO - ESPANHA
TRANSMISSÃO TELEVISIVA: TVI

segunda-feira, 13 de abril de 2015

GOLEADORES PORTISTAS - Nº 99












RAUL MEIRELES - Goleaor Nº 99

Apontou 19 golos em 193 jogos em que participou com a camisola do FC Porto, durante as seis épocas e um mês em que esteve ao seu serviço (2004/05 a 2010/11).

Raul José Trindade Meireles nasceu no dia 17 de Março de 1983, no Porto.

Tendo em conta que foi objecto de análise individual, neste blogue, na rubrica «INTERNACIONAIS PORTISTAS (ANOS 2000)», editado em 5 de Dezembro de 2011, não vou  repetir as incidências da sua carreira que poderão recordar aqui.

Apenas como complemento, dizer que o atleta, desde então cumpriu duas temporadas ao serviço do Chelsea (2011/12 e 2012/13), clube onde foi campeão e vencedor da Taça de Inglaterra, na temporada de 2011/12, tendo-se transferido em Julho de 2013 para a Turquia para defender a camisola do Fenerbahçe, clube que ainda hoje representa. Nesta sua experiência turca, Raul Meireles acrescentou ao seu palmarés mais 3 títulos: A Liga turca (2013/14), a Supertaça da Turquia (2014) e a Taça da Turquia (2012/13).

Já agora, também o número de representações pela selecção nacional se alteraram significativamente. Se há data da publicação do post na rubrica referida, Raul Meireles somava 53 internacionalizações, agora soma 76 (38 enquanto jogador do FC Porto, 10 pelo Liverpool, 14 pelo Chelsea e 14 pelo Fenerbahçe), sendo que a sua última participação se deu no dia 22 de Junho de 2014, em Manaus, aquando do Campeonato do Mundo 2014, efectuado no Brasil, frente aos Estados Unidos.
































Fontes: Almanaque do FC Porto, de Rui Miguel Tovar e ZeroaZero.pt.

sábado, 11 de abril de 2015

QUATRO GOLOS LEGAIS, MAS SÓ VALERAM 3!
















FICHA DO JOGO


























Os homens do apito e seus parteners continuam de vista escanada no que aos Dragões diz respeito. Hoje em Vila do Conde, mais um golo perfeitamente legal foi estupidamente anulado por pretenso fora de jogo de Brahimi (!). Será que a possibilidade da atribuição do título, por goal-avarage, está já a ser devidamente salvaguardado para a equipa do regime?

Nesta sempre complicada deslocação a Vila do Conde, para defrontar a aguerrida equipa do Rio-Ave e com o jogo da Champions no horizonte, Julen Lopetegui fez alinhar o onze previsto, constituído pelos jogadores disponíveis mais utilizados.























Era necessário empenhamento e autoridade e foi isso que a equipa portista procurou desde o primeiro apito do árbitro. A jogar contra o forte vento que se fazia sentir, os Dragões cedo mostraram ao que vinham, tomando conta das operações, empurrando a equipa da casa para junto da sua área e em cima do minuto oito, o nº 8 portista, Brahimi introduziu a bola nas redes da baliza de Ederson, mas a equipa de arbitragem, estranhamente, anulou. Quaresma cruzou do lado direito, Herrera ao recolher, adiantou ligeiramente a bola e na passada Brahimi aproveitou para fazer o golo. Havia um defensor do Rio Ave e o guarda-redes a colocar em jogo o argelino. Não dá para entender este equívoco que deixou todos os jogadores portistas, equipa técnica e apoiantes verdadeiramente estupefactos.




















A equipa azul não baixou os braços e continuou com o pé no acelerador para chegar o mais depressa possível à vantagem no marcador. Aboubakar, Brahimi, Óliver Torres e Quaresma, numa só jogada, alvejaram sucessivamente a baliza, mas a bola teimou em não beijar as redes.

Perto dos 25 minutos de jogo, Quaresma atirou uma bomba que estourou ruidosamente na barra, a bola saltou na direcção de Danilo, que entrou na área e foi derrubado. Grande penalidade prontamente assinalada por Vasco Santos.

O Harry Potter concretizou com classe fazendo mais um golo, mas o marcador apenas assinalava o 0-1.




















O Rio Ave ensaiou então a reacção. Ukra, à passagem da meia-hora atirou forte e com perigo, com a bola a passar sobre a barra da baliza de Fabiano. Dez minutos mais tarde Herrera perdeu a bola displicentemente, em zona proibida, obrigando Fabiano a uma defesa de emergência para evitar o empate.

Já em tempo de compensação, antes do intervalo, chegou o segundo golo portista, e que grande golo. Brahimi e Alex Sandro combinaram na esquerda, o lateral brasileiro viu o seu compatriota bem posicionado, em posição frontal, junto à entrada da área, colocou-lhe a bola redondinha e Danilo levantou a cabeça e rematou em arco, sem hipóteses de defesa, dando uma expressão mais justa ao resultado.




















No segundo tempo o FC Porto abrandou o ritmo, talvez a pensar no próximo compromisso, procurando fazer um futebol de controlo, gerindo os tempos de jogo, de forma a fazer correr o relógio em seu proveito. De quando em vez Quaresma conseguia levar algum perigo à área contrária, mas a falta de pontaria dos jogadores portistas ia retardando alteração no marcador.

O Rio Ave aproveitou para crescer e à passagem dos 50 minutos deram o aviso. Jebor completamente solto na área portista cabeceou, mas ao lado. Aos 71 minutos o Rio Ave marcou mesmo. Mais uma abébia da defensiva portista e Tarantini, completamente solto aproveitou para reduzir, lançando a incerteza no resultado.

Os vilacondenses começaram a acreditar, lançaram-se ainda mais para a frente e o FC Porto aproveitou da melhor forma esse adiantamento. Lopetegui fez alterações, metendo Rúben Neves e tirando Brahimi, já Hernâni tinha substituído Quaresma.

Numa jogada de contra-ataque, o FC Porto chegou ao resultado final. Numa jogada rápida de três jogadores portistas para dois do Rio Ave, Aboubakar libertou a bola na hora exacta para a entrada vitoriosa de Hernâni, que na cara de Ederson não falhou. Estava garantida assim mais uma vitória preciosa que mantém o FC Porto na corrida acesa pelo título.

Destaque mais uma vez para Quaresma e Danilo, os melhores atletas em campo, num conjunto de exibições bastante aceitáveis.

sexta-feira, 10 de abril de 2015

O OBJECTIVO BEM DEFINIDO CHAMA-SE 3 PONTOS









No mês das grandes decisões, cabe ao FC Porto demonstrar as suas reais capacidades e ambições no sentido de cumprir o seu principal objectivo que é obviamente recuperar o título nacional. 

Sabendo de antemão da inexistência de qualquer margem de êrro, os Dragões têm que encarar todos os jogos, até final da época, como autênticas finais. Um eventual deslize deitará por terra todo o trabalho realizado até aqui.

A deslocação a Vila do Conde não vem no melhor momento, dado que antecede o jogo dos quartos-de-final, frente ao Bayern de Munique. A equipa terá que ser mentalmente forte para saber lidar com a situação, abstraindo-se ao máximo desse compromisso internacional, focando-se exclusivamente no seu adversário deste Sábado, o Rio Ave, que não vai ser pêra doce.

É pois mais um duro teste ao estofo da equipa e dos seus atletas.

Os regressos de Maicon e José Angel são as principais novidades na lista de convocados de Julen Lopetegui. Quintero (lesionado) e Martins Indi (por opção técnica) ficaram de fora.

QUADRO COMPLETO DOS CONVOCADOS



















EQUIPA PROVÁVEL






















COMPETIÇÃO: LIGA NOS 2014/15 - 28ª JORNADA
PALCO DO JOGO: ESTÁDIO DOS ARCOS - VILA DO CONDE
DATA E HORA DO JOGO: SÁBADO, 11 DE ABRIL DE 2015, ÀS 18:00 H
ÁRBITRO NOMEADO: VASCO SANTOS - A.F. PORTO
TRANSMISSÃO TELEVISIVA: SPORT.TV1