quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

VITÓRIA GORDA COM EXIBIÇÃO SOFRÍVEL
















FICHA DO JOGO



























O FC Porto acertou o calendário da Liga NOS, vencendo o União da Madeira, com uma goleada, quebrando um jejum de mais de dois anos e meio, sem vencer na Ilha da Madeira, num jogo que correu um pouco melhor do que o de Aveiro, frente ao Tondela, especialmente no que diz respeito à eficácia e em alguma sorte.

Julen Lopetegui voltou a surpreender ao dar a titularidade a Jesus Corona e a Pablo Osvaldo, dois dos dispensados da convocatória anterior. No banco ficaram Tello e Aboubakar.

Os Dragões entraram bem no jogo, frente a uma equipa que baixou muito o seu bloco para criar dificuldades de penetração, que os azuis e brancos sempre sentem frente a equipas deste calibre. Só que desta vez, as oportunidades de golo foram muito bem aproveitadas e num ápice a equipa portista viu o resultado avolumar-se até ao 3-0, ao fim de apenas 22 minutos.

O futebol tem destas coisas, sem fazer uma exibição condizente e à altura do que os atletas portistas podem e devem executar, as dificuldades foram vencidas muito cedo transformando a tarefa portista num mar de tranquilidade.

O recente Dragão de Ouro, Hector Herrera, de novo titular e capitão, abriu as hostilidades aos 12 minutos, na sequência de um cruzamento da esquerda efectuado pelo seu compatriota Miguel Layún, cabeceando forte, uma bola que parecia destinada a morrer nos braços do guarda-redes do União, mas um providencial ressalto num defesa fez o esférico tomar o caminho das redes.























Dois minutos depois, Maxi Pereira foi ao lado direito cruzar atrasado a solicitar Brahimi, que com a classe que o caracteriza, recebeu, preparou e rematou sem hipóteses de defesa.

























O terceiro não demoraria muito. Corona do lado direito, sem marcação decidiu cruzar para a área, pegou de tal maneira na bola que esta ganhou vontade própria e foi-se anichar na baliza, surpreendendo até o autor do golo. Pois é, o futebol é assim mesmo, umas vezes procura-se com empenho o golo e ele caprichosamente teima em não acontecer, outras é o que se vê!
























A vencer confortavelmente nos primeiros 22 minutos e sem ter necessitado de dar grande intensidade ao seu jogo, a equipa portista abrandou um pouco mais, quiçá a pensar nos próximos compromissos, mas manteve o domínio quase territorial do jogo até ao intervalo. A exibição, apesar dos três golos e de mais alguns remates perigosos não foi no entanto nada de extraordinário, bem pelo contrário. Futebol lento, pouco intenso, alguns passes (mais do que seria exigível) mal direccionados, reposições de Casillas  directamente para fora, tendência exagerada de jogar para trás e para os lados, sem progressão, enfim, mais do mesmo.


Se o futebol da primeira parte não foi de encher o olho, o da segunda metade nem é bom falar. É que de futebol bem jogado teve quase nada. O União da Madeira, sem mais nada a perder, aproveitou a moleza portista para estender o seu jogo, ainda assim sem grande perigo para Casillas. O jogo foi mais dividido mas também menos interessante, face à evidente demonstração de incapacidade da equipa da casa.

Três momentos ressaltaram deste segundo tempo. O primeiro, a «ressurreição» do Bruno Paixão. Eu estava a ficar admirado que a sua actuação ficasse, pela primeira vez imaculada, mas o minuto 74 fez-me cair na real. Osvaldo disputou um lance com um pouco mais de rispidez e o tipo do apito, marcou a falta, fez algum suspense e puxou do cartão vermelho!
























O segundo momento foi o excelente livre directo marcado por Maicon, que entrara aos 78 minutos a render Corona, que só não deu golo pela intervenção espectacular do guardião contrário e o terceiro momento o golo de Danilo de cabeça, na sequência de um cruzamento de Miguel Lyaún, na marcação de um livre indirecto.
























Vitória gorda indiscutível em mais uma exibição frouxa em que foi notória o menor acerto da maioria dos jogadores portistas.

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