sábado, 21 de março de 2015

EMPATE COM SABOR A DESILUSÃO
















FICHA DO JOGO



























O FC Porto perdeu esta noite uma oportunidade de ouro para reduzir a desvantagem para o primeiro lugar para apenas um ponto, ao ceder um empate no Funchal, onde esteve a ganhar.

Julen Lopetegui fez regressar ao onze titular Danilo, Maicon, Evandro e Cristian Tello, mas os Dragões manifestaram desde logo grandes dificuldades para chegar até à área adversária.

Durante o primeiro tempo ainda conseguiram controlar o jogo, muito disputado a meio campo, mas sem rasgo, com futebol previsível, sem grande ligação, muito pouco fluído e por isso fácil de anular. 

O lance mais perigoso aconteceu aos doze minutos num livre directo apontado por Casemiro que saiu ao lado, mas controlado pelo guardião contrário. Só aos 24 minutos os azuis e brancos, hoje de cor de rosa, voltariam a dar o ar da sua graça num remate de Brahimi, hoje uma autêntica sombra, com a bola a subir muito. Aos 38, foi Alex Sandro a atirar uma bomba, sobre o lado esquerdo, bem contrariada por Gottardi. Em cima dos 45 minutos, ataque conduzido por Tello a simular o passe a rasgar para a entrada pela direita de Danilo, optando por flectir para o centro, enquadrar-se com a baliza e disparar para um grande golo.























Logo a seguir veio o intervalo, com vantagem correcta do FC Porto, que apesar de não ter conseguido apresentar o seu futebol asfixiante habitual, foi ainda assim a única equipa que atacou e que gizou os principais lances ofensivos desse período.

Com o pássaro na mão era espectável que os Dragões encarassem o segundo tempo com mais confiança, com mais serenidade e com mais conforto. Logo nos primeiros lances Maicon esteve perto de dilatar o marcador, na marcação de um livre directo que fez a bola bater com estrondo na barra, mas o Nacional mostrou outra ambição e outro atrevimento, passando a dividir o controlo do jogo e aparecer com frequência junto à área portista.

Helton foi posto à prova, aos 55 minutos, num livre directo, que defendeu de forma espectacular, evitando o golo do empate, mas aos 63 foi impotente para desfazer a jogada de ataque da equipa da casa, numa jogada pela esquerda com cruzamento rasteiro para a área, apanhando a defesa portista em contra pé. Os centrais não conseguiram desfazer o lance, Helton também não foi suficiente lesto  para defender na sua pequena área, a bola sobrou para Wagner que teve a lucidez para acompanhar o lance e aparecer primeiro que Alex Sandro para fazer um golo fácil. Balde de água fria nas ambições portistas.

O jogo entrou numa fase de parada e resposta, ficando a sensação que o Nacional poderia chegar à vitória. a Equipa portista denotava grandes dificuldades para parar as jogadas ofensivas do adversário e o desgaste físico e psicológico era cada vez mais evidente e preocupante.

Julen Lopetegui tirou Evandro para a entrada de Quintero, mas nada se alterou. Demorou demasiado a tirar Brahimi (73 minutos) para entrar o endiabrado Quaresma, que veio dar ao ataque rosa uma imagem mais condizente com a responsabilidade do jogo.

Se é verdade que antes, precisamente aos 65 minutos Danilo atirou ao poste e no minuto seguinte Aboubakar aqueceu as mãos de Gottardi, não deixa de ser menos verdade que o falhanço mais incrível do encontro pertenceu ao Nacional, quando aos 70 minutos, num rápido contra-ataque, Lucas João, isolado, na cara de Helton e a um metro da linha de golo fez o mais difícil, atirar por cima da barra!

Empate certo num jogo em que o FC Porto dominou a primeira parte e consentiu alguns momentos de supremacia do adversário na segunda matade. Conseguiu, apesar de tudo, ficar a três pontos da liderança, situação ligeiramente melhor, que faz depender de si próprio o desfecho deste campeonato, mas, com a complicada missão de ter de vencer na Luz, se a a diferença pontual não for encurtada até lá, por 3-0. 

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