quinta-feira, 24 de abril de 2014

EQUIPAS DO PASSADO - SÉC. XXI

ÉPOCA 2010/11 - I PARTE

Época nova, vida nova, treinador novo e jogadores novos. Saída de Jesualdo Ferreira para a entrada do jovem treinador, André Villas-Boas. 

O plantel também conheceu algumas alterações. As entradas de Kieszek (ex-Braga, Sereno (ex-Valladolide), Emídio Rafael (ex-Académica), Souza (ex-Vasco da Gama), João Moutinho (ex-Sporting), James Rodríguez (ex-Banfield), Walter (ex-Internacional), os regressos de jogadores emprestados, como Sapunaru (ex-Rapid de Bucareste), André Castro e Ukra (ex-Olhanense) e a integração de Christian Atsu (ex-júnior), foram as caras novas do plantel que viu sair Bruno Alves, para o Zenit Ste. Peterburgo, Stepanov, para o Bursaspor, Raúl Meireles, para o Liverpool, Tomás Costa, para o CFR Cluj e mais tarde, por empréstimo, Miguel Lopes ao Bétis, Ukra ao Braga, André Castro ao Gijón e David Addy à Académica.




















A época oficial abriu em 7 de Agosto de 2010, com a disputa da Supertaça Cândido de Oliveira, que teve como palco o Estádio Municipal de Aveiro e como adversário o Benfica. Foi uma vitória sem espinhas, num autêntico banho de bola diante de uma arrogante e convencida equipa do regime que durante toda a semana andou a passar a imagem de que seriam favas contadas.

A realidade do jogo cedo desfez essa ideia, com a equipa portista a mostrar-se sempre muito mais forte, coesa e solidária. Vitória por 2-0, com golos de Rolando (3') e Falcao (67') e para o futuro Museu a 17ª Supertaça.





















Equipa titular que em Aveiro venceu a 17ª Supertaça para o Clube. Da esquerda para a direita, em cima: Helton, Fernando, Maicon, Sapunaru, Rolando e Hulk; em baixo: João Moutinho, Radamel Falcao, Belluschi, Silvestre Varela e Álvaro Pereira.



Numa época de sonho onde perder foi proibido, o Campeonato nacional traduziu-se num passeio azul e branco com festa do título no campo do rival, com direito a escuridão e jactos de água subitamente accionados, para regar o entusiasmo portista.

A campanha imaculada começou na Figueira da Foz em 14 de Agosto de 2010, frente à aguerrida equipa da Naval que tudo fez para evitar a derrota. Hulk foi a figura do encontro ao marcar o único golo, numa exibição portista mediana.
























Equipa titular na 1ª jornada, frente à Naval. Da esquerda para a direita, em cima: Helton, Maicon, Sapunaru, Rolando, Fernando e Hulk; em baixo: João Moutinho, Radamel Falcao, Belluschi, Silvestre Varela e Álvaro Pereira.

Isolou-se no comando da classificação à 3ª jornada, depois de vencer em Vila do Conde, o Rio Ave, num jogo nada fácil mas superiormente ultrapassado com 2 golos de Hulk.

Só à 7ª jornada, os Dragões cederam os primeiros pontos, em Guimarães, consentindo um empate (1-1), interrompendo uma fabulosa série de 21 vitórias consecutivas, iniciada em Março de 2010. Foi um jogo em que a superioridade portista não foi traduzida em golos, apesar das inúmeras oportunidades criadas.

Na 10ª jornada o FC Porto recebeu a equipa do regime e submeteu-a a uma enorme humilhação goleando-a por 5-0, reduzindo a pó toda a propaganda e desfaçatez de quem só sabe vencer, fazendo as coisas por outro lado. Foi um autêntico banho de bola, num belo espectáculo de cor, imaginação, vibração e enorme fervor clubista que empolgou a vasta plateia presente no Estádio do Dragão, que viu a vantagem portista na classificação dilatar para 10 pontos de diferença, em relação ao 2º classificado.























Equipa titular que goleou o Benfica por 5-0. Da esquerda para a direita, em cima: Helton, Guarín, Rolando, Sapunaru, Maicon e Hulk; em baixo: João Moutinho, Radamel Falcao, Belluschi, Álvaro Pereira e Silvestre Varela.

A primeira volta do campeonato foi dobrada com vitória gorda e esclarecedora, no Dragão, frente ao Marítimo (4-0) e vantagem pontual de 8 pontos para o Benfica (2º) e 13 para o Sporting (3º).

A segunda volta foi transformada numa auto-estrada de vitórias para o título, interrompida apenas na penúltima jornada, com 1 empate frente ao Paços de Ferreira.

O título nacional foi garantido na 25ª jornada, no estádio da Luz. Vitória portista por 1-2, contra tudo e contra todos. Contra a maningâncias do clube do regime, contra a propaganda planfetária dos pasquins amestrados, contra as arbitrariedades dos CD da Liga e contra o sectarismo dos programas televisivos. No final do jogo, o apagão no estádio e a ligação do sistema de rega, como reacção aos festejos mais que merecidos dos jogadores portistas que aproveitaram para gozarem com a situação.




















Equipa titular que à 25ª jornada foi à Luz garantir mais um título nacional. Da esquerda para a direita, em cima: Helton, Fernando, Rolando, Guarín, Otamendi e Hulk; em baixo: João Moutinho, Radamel Falcao, Álvaro Pereira, Fucile e Silvestre Varela.

A festa no Dragão foi celebrada na penúltima jornada, no tal empate frente ao Paços de Ferreira, já que o último jogo do campeonato foi no Funchal contra o Marítimo.

Ao fim das 30 jornadas, o FC Porto registou 27 vitórias e 3 empates, marcou 73 golos (melhor ataque do campeonato), sofreu 16 golos (melhor defesa), somando 84 pontos, mais 21 que o Benfica (2º) e mais 36 que o Sporting (3º).

Hulk sagrou-se o melhor marcador do campeonato com a marca de 23 golos e Radamel Falcao foi o segundo da lista, com 16 golos.























Na Taça de Portugal o FC Porto conquistou pela 3ª vez consecutiva o troféu. A campanha começou no Dragão, frente ao Limianos com vitória portista por 4-1. Frente a um frágil adversário, da 3ª Divisão do futebol nacional, André Vilas-Boas fez alinhar uma equipa baseada em jogadores menos utilizados. O avançado brasileiro Walter foi figura de destaque ao apontar 3 golos.





















Equipa titular frente ao Limianos. Da esquerda para a direita, em cima: Beto, Sereno, Guarín, Sapunaru, Otamendi e Hulk; em baixo: Walter, Rúben Micael, Emídio Rafael, Silvestre Varela e Souza.

Moreirense, Juventude de Évora e Pinhalnovense foram as vítimas seguintes, até que o sorteio colocou no caminho portista o Benfica, nas meias-finais a duas mãos.

O primeiro jogo foi disputado no Dragão. Os azuis e brancos, ainda com a goleada de 5-0 bem fresca na memória, encararam o jogo com demasiada leviandade e acabaram por sofrer as consequências. Derrota comprometedora por 0-2, numa exibição carregada de erros infantis.

Na 2ª mão acabariam por rectificar o resultado, com uma vitória categórica e uma exibição quase perfeita que deixou os lampiões afastados da prova e à beira de um ataque de nervos.



















Equipa titular que na Luz foi eliminar o Benfica da Taça de Portugal. Da esquerda para a direita, em cima: Beto, Sapunaru, Rolando, Fernando, Otamendi e Hulk; em baixo: João Moutinho, Rúben Micael, Radamel Falcao, Álvaro Pereira e Cristian Rodríguez.

A final foi contra o Vitória se Guimarães, no estádio do Jamor.

O favoritismo portista confirmou-se no relvado com uma exibição imparável e muitos golos, não dando grandes hipóteses aos aguerridos minhotos. Resultado gordo (6-2) que reflectiu a superioridade do futebol portista.
























Equipa titular no Jamor. Da esquerda para a direita, em cima: Beto, Fernando, Maicon, Sapunaru, Rolando e Hulk; em baixo: João Moutinho, Belluschi, Álvaro Pereira, James Rodríguez e Silvestre Varela.




























Com tanta competição e tantos títulos para gerir era natural que a prova em que os responsáveis portistas dedicassem menor atenção fosse precisamente aquela que desde a 1ª edição foi considerada a Taça dos coitadinhos, refiro-me obviamente à mal fadada Taça da Liga.

Desta vez o FC Porto não passou da fase de grupos, averbando 1 derrota, uma vitória e 1 empate, que o fez ocupar a 2ª posição do grupo A.

A derrota no Dragão contra o Nacional da Madeira marcou decisivamente o destino final. Num jogo pouco conseguido, André Villas-Boas mesclou a equipa com jogadores menos utilizados e o resultado foi uma péssima exibição, com muitos erros defensivos e até um frango monumental do 3º guarda-redes (Kieszek).



















Equipa titular que saiu derrotada na 1ª jornada da TL, no Dragão. Da esquerda para a direita, em cima: James Rodríguez, Kieszek, Rolando, Sereno, Guarín e Hulk; em baixo: João Moutinho, Walter, Fucile, Rúben Micael e Emídio Rafael.

Apesar da fácil vitória frente ao Beira-Mar, na 2ª jornada, os Dragões ficaram sem hipóteses de discutir o 1º lugar, uma vez que o Nacional voltou a vencer, pelo que o 3º jogo, em Barcelos foi apenas para cumprir calendário.

(Continua)








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