domingo, 9 de fevereiro de 2014

RESULTADO GORDO COM EXIBIÇÃO MAGRA















FICHA DO JOGO


























O FC Porto voltou a vencer com um resultado enganador, não tanto em função das oportunidades criadas, mais pela pobre exibição (mais uma), frente a um adversário pouco mais que inteligente na ocupação dos espaços.

O técnico portista, Paulo Fonseca, surpreendeu com a utilização de Abdoulaye a titular, em vez de Maicon que ficou no banco.

EQUIPA TITULAR




















Da esquerda para a direita, em cima: Helton, Fernando, Mangala, Abdoulaye, Jackson Martinez e Danilo; em baixo: Quaresma, Herrera, Josué, Alex Sandro e Silvestre Varela.

Falar do jogo, é falar de um espectáculo enfadonho, a que eu só consegui assistir até ao fim por se tratar de uma equipa do clube do meu coração. De resto, futebol só se viu na última meia dúzia de minutos, quando finalmente alguns (poucos) jogadores azuis e brancos despertaram de uma letargia insuportável e arrepiante.

A equipa de Henrique Calisto trazia a lição bem estudada e soube ocupar organizadamente os espaços, criando grandes dificuldades aos intuitos portistas, que voltaram a cair num futebol lento, denunciado, sem ligação, não sendo capazes de construir uma jogada com principio, meio e fim. Jogadores sem confiança, sem alma, sem raça, que se limitaram a arrastar-se com demasiada indolência e pouca competência, fazendo lembrar um jogo de matraquilhos.

Verdade seja dita que não esperava melhorias significativas, face ao contentamento do treinador, que depois de exibições medíocres tem afirmado que a equipa joga «à Porto»!

Enfim, sinto-me insultado na minha inteligência.

É que até o Paços de Ferreira, um dos últimos classificados do campeonato, conseguiu chegar ao Dragão e, durante a primeira parte, controlar o jogo e criar as melhores oportunidades de golo. Mas foram os Dragões que saíram para o intervalo em vantagem, graças a uma grande penalidade, que existiu mesmo (Seri meteu a mão à bola dentro da área de rigor) e que Quaresma se encarregou de converter. Aliás, Cosme Machado já perdoara uma outra, também por mão na bola de um defensor do Paços. De todo o modo, o FC Porto não justificou a vantagem que trouxe para o segundo tempo.






















Depois do intervalo as coisas pouco ou nada melhoraram. O Paços não conseguiu esticar o jogo como até aí e o futebol desceu ainda mais de qualidade. Confesso que já vi equipas de amadores a oferecerem melhores espectáculos de futebol.

O marasmo parecia ir durar até ao fim, mas não. Cerca de seis minutos do fim, alguns atletas portistas decidiram acordar, meter um pouquinho de velocidade e competência no jogo e num ápice, as fragilidades pacenses transformaram o resultado numa máscara de Carnaval, dando a ideia, para quem não viu o jogo, que a vitória dos tricampeões nacionais foi conseguido à custa de um passeio. Nada mais falso.

O segundo golo nasceu de uma recuperação de bola de Fernando. O médio portista lançou rápido na esquerda para Licá, substituto de Quaresma aos 78 minutos, o avançado entrou na área, centrou milimetricamente para a entrada oportuna de Jackson Martinez, que fez o que lhe competia. Finalmente um lance corrido e bonito de bom futebol.























Já no expirar da partida, Ricardo, mais uma daquelas substituições que jamais vou perceber, quando se tratar de equipas grandes (já em cima dos 90 minutos!), aproveitou da melhor maneira uma fífia do guarda-redes Degra, depois de um remate cruzado de Licá, para fazer o resultado final.






















Vitória justa mas por números exagerados, especialmente pelo mau desempenho de quase todos os atletas portistas.

Para terminar, manifestar a minha preocupação pelo momento caricato que a equipa atravessa, especialmente nesta altura das grandes decisões.

Quero dar os meus parabéns aos cerca de 20.000 adeptos que enfrentaram a intempérie para assistir a tão medíocre espectáculo.

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