sábado, 7 de dezembro de 2013

OUTRO JOGO DE DUAS FACES















FICHA DO JOGO

























EQUIPA TITULAR





















Da esquerda para a direita, em cima: Helton, Mangala, Maicon, Jackson Martinez, Herrera e Danilo; Em baixo: Defour, Lucho Gonzalez, Alex Sandro, Josué e Silvestre Varela.

Em perspectiva estava um jogo de grandes dificuldades que, em princípio podia não ajudar na recuperação anímica de que a equipa do FC Porto estava necessitada. 

Sem Fernando, a cumprir castigo, Paulo Fonseca apostou em Defour e Herrera, como médios mais recuados, mantendo o resto da estrutura. Os Dragões entraram no jogo demasiado ansiosos, visivelmente nervosos e muito pouco confiantes. Por isso, a exibição durante toda a primeira parte foi marcada pela habitual desorganização, pelo acumular de asneiras primárias, que passaram pela perda constante da bola, pelos inúmeros passes transviados, pelos defeitos na recepção da bola e pela falta de criatividade. O futebol assim jogado, saiu desligado, sem qualquer qualidade, e com escassos remates à baliza. O primeiro e único que pôs em perigo a baliza adversária, aconteceu já depois da meia hora de jogo, na sequência de um cruzamento de Alex Sandro, que Josué explorou convenientemente, primeiro recebendo e dominando bem a bola, evitando depois um adversário, para se enquadrar com a baliza e disparar forte para uma excepcional defesa de Eduardo. 























O nulo ao intervalo era pois o resultado mais justo, já que o Braga, embora mais ligado, nunca foi capaz de ameaçar com perigo a baliza de Helton.

No regresso para o segundo tampo, Lucho ficou no balneário entrando Carlos Eduardo para o seu lugar. Desde logo se percebeu a nova atitude dos Dragões. Mais rápidos, mais incisivos e mais perigosos. Por isso o golo não tardou a surgir. Alex Sandro novamente numa assistência, agora a Jackson Martinez, que bem colocado na área, recebeu e disparou de primeira, não dando hipóteses a Eduardo.






















Os azuis e brancos ficaram ainda mais confiantes e em consequência o seu futebol passou a ser mais fluido, ligado, bem pensado e bem executado, subindo para um nível condizente com as insígnias de campeão que ainda ostentam. Com Carlos Eduardo em destaque, as oportunidades para dilatar o resultado surgiram em catadupa. Depois de alguns desperdícios, o segundo golo surgiu como corolário lógico da superioridade territorial imposta pelos Dragões. Defour, de cabeça levantada, colocou primorosamente a bola nos pés de Varela, que dentro da área, sob a esquerda, deu um nó cego ao defesa bracarense, galgou até à pequena área, cruzou com peso, conta e medida, ao segundo poste, para a entrada vitoriosa de Jackson Martinez, que de cabeça não perdoou. 























O colombiano ainda ameaçou fazer o hat-trick, mas Eduardo não lho permitiu.

Vitória justa, em mais um jogo de duas faces, que terminou com o FC Porto muito mais próximo do que se pretende. Destaque para a boa entrada de Carlos Eduardo, para as boas assistências de Alex Sandro e Varela e para os golos de Jackson Martinez.

2 comentários:

  1. O F.C.Porto vinha de perder 7 pontos em três jornadas, de líder isolado passou para terceiro a dois pontos da liderança. Como isso é uma facto raro, o ambiente no Dragão complicou-se bastante, era fundamental regressar às vitórias, dar um safanão na crise. Com um quadro destes pela frente e diante de um público exigente, pouco paciente e pouco tolerante, não foi surpresa que a equipa azul e branca tivesse entrado a jogar sobre brasas. Nervosa, ansiosa, intranquila - a bola parecia que queimava! -, a equipa de Paulo Fonseca e durante cerca de 30 minutos, não conseguiu jogar. Se a isso juntarmos um Braga bem organizado, sereno e a aproveitar a instabilidade portista, os 30 minutos iniciais foram muito difíceis, a casa parecia que vinha abaixo. Depois e aos poucos, os Dragões foram melhorando na organização, passaram a não errar tanto, a ter mais bola, conseguiram duas boas jogadas - uma das quais só não deu golo porque Eduardo fez uma grande defesa a remate de Josué -, acabaram a primeira-parte já mais próximo dos mínimos exigíveis e a equilibrarem a partida. Portanto e resumindo, o Braga foi melhor na primeira-hora, o F.C.Porto no quarto-de-hora final e como em oportunidades as equipas igualaram-se, o 0-0 no final dos primeiros 45 minutos, ajustava-se.

    Na etapa complementar, tudo foi diferente. Com Carlos Eduardo no lugar do lesionado Lucho, o F.C.Porto entrou bem, marcou logo nos minutos iniciais, por Jackson e arrancou para uma belíssima segunda-parte. O golo, é verdade, deu confiança e fez baixar a ansiedade, dentro e fora do campo, mas a melhoria também se deveu e muito, ao facto do ex-estorilista ser mais 10 que Lucho, aparecer a ocupar melhor o espaço à frente de Defour e Herrera, mais próximo de Jackson. Com isso o F.C.Porto subiu, pressionou mais alto e de forma mais organizada; os espaços ficaram melhor ocupados; passou a haver mais linhas de passe; a bola circulou melhor e evitaram-se os passes longos para um Jackson sozinho. E assim, o conjunto azul e branco dominou totalmente, criou vários lances perigososos, chegou naturalmente ao 2-0 - excelente jogada e assistência de Varela para Jackson concluir - e venceu com toda a justiça. Venceu com toda a justiça, diga-se, um adversário bom e com muito melhores argumentos que aqueles que nas últimas três jornadas fizeram o tri-campeão perder 7 pontos.

    Espero que esta intermitência tenha terminado definitivamente.

    Abraço

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  2. Rui :

    Fui para o intervalo preocupado. Ainda bem que depois correu melhor !

    Abraço

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