terça-feira, 3 de setembro de 2013

EQUIPAS DO PASSADO - DÉCADA DE 80

ÉPOCA 1983/84

Com publicidade pela primeira vez nas camisolas, a troco de 10 mil contos por ano, patrocínio da Revigrés, o FC Porto treinado pelo «mestre» José Maria Pedroto, arrancou na nova época cada vez mais decidido a fazer regressar às Antas o título de campeão nacional.























Na foto, da esquerda para a direita, em cima: Eurico, Vermelhinho, Lima Pereira, Eduardo Luís, João Pinto e Zé Beto; em baixo: Frasco, Jaime Magalhães, Fernando Gomes, Jaime Pacheco e Sousa.




















Plantel 1983/84 - Da esquerda para a direita, em cima: Tozé, Espírito Santo, Penteado, Vermelhinho, Zé Beto, Rodolfo Coutinho, Quinito, Moreira e Amaral; ao meio: José Luís (massagista), Bradão (roupeiro), Eurico, Santos, Semedo, Sérgio, Varela, Fernando Gomes, Carlitos, Bobó, Walsh, Eduardo Luís, Prof. Neto (psicólogo), Dr. Domingos Gomes (médico) e Vítor Hugo (massagista); em baixo: Lima Pereira, Jacques, Teixeirinha, João Pinto, Jaime Pacheco, Jaime Magalhães, Rodolfo, António Morais (adjunto), Fernando Vasconcelos (director), Pedroto (treinador), João Mota (adjunto), Duarte (prep.físico), Sousa, Frasco, Inácio, Costa e Agostinho (roupeiro).

A equipa entrou a todo o gás vencendo as cinco primeiras jornadas do campeonato, mas na visita à Luz perdeu os primeiros dois pontos, com a derrota por 1-0. Na semana seguinte redimiu-se com a vitória sobre o Sporting, também por 1-0.

A 4 de Dezembro de 1983 o FC Porto foi vencer a Penafiel, por 1-0 e no final do desafio, Pedroto sentiu uma forte dor no estômago e teve de ficar hospitalizado, submetendo-se posteriormente a tratamentos específicos, em Londres. O mal diagnosticado anunciava o drama, um cancro com que teria de lutar.

Entretanto, a equipa agora entregue ao adjunto, António Morais, evoluía com alguma irregularidade, mas mantinha-se nos lugares cimeiros, na luta pelo título, a dada altura alicerçada  pelas vitórias frente ao Benfica, nas Antas, por 3-1 e na semana seguinte, em Alvalade, por 0-1. Porém, dois empates (Setúbal e Rio Ave), agravada com a derrota no Bessa, na penúltima jornada, deixaram-na definitivamente no 2º lugar. No total das 30 jornadas, a equipa portista registou 22 vitórias, 5 empates e 3 derrotas, marcou 65 golos e sofreu apenas 9 (melhor defesa do campeonato), acumulando 49 pontos, menos 3 que o Benfica.

Fernando Gomes ao apontar 21 golos, sagrou-se como melhor marcador do campeonato nacional, recebendo pela 5ª vez o troféu a «Bola de Prata».

Na Taça de Portugal, o FC Porto voltou ao Jamor, desta vez para erguer o troféu. Pelo caminho ficaram o Alcobaça,  o Mangualde e o Valonguense, todos da II Divisão; o Belenenses; o Torreense, da II Divisão e finalmente o Sporting, que nas meias-finais, jogadas em Alvalade, não conseguiu mais que um empate (1-1), após prolongamento. Em jogo de desempate, disputado nas Antas, o FC Porto venceu por 2-1, qualificando-se para a final.

Na final, jogada a 1 de Maio, a equipa azul e branca superiorizou-se ao Rio Ave, vencendo por esclarecedores 4-1, arrecadando o 2º troféu da temporada.
























O primeiro havia sido a Supertaça Cândido de Oliveira, jogada no mês de Dezembro de 1983, em duas mãos, frente ao Benfica. A primeira, nas Antas, com empate a zero e a segunda, na Luz, com vitória portista por 1-2.

Nas competições europeias o FC Porto fez história ao atingir, pela primeira vez uma final. Integrada na disputa da Taça dos vencedores de Taças, a equipa foi afastando sucessivamente o Dínamo de Zagreb, da Jugoslávia (derrota fora, por 2-1 e vitória em casa por 1-0); o Glasgow Rangers, da Escócia (com os mesmos resultados); o Shaktior Donetsk, da Rússia (vitória em casa por 3-2 e empate fora, 1-1); e o Aberdeen, da Escócia (duas vitórias por 1-0).

A final foi disputada em Basileia, na Suíça, frente à poderosa Juventus, de Itália. Jogo encarado com toda a responsabilidade e ambição. O FC Porto de António Morais, fez uma exibição de grande gabarito, algumas vezes empolgante, mas não teve a sorte do jogo. Essa foi direitinha para a equipa italiana, que com o cinismo futebolístico que as caracteriza, se limitou a explorar com eficácia os erros defensivos portistas e a aproveitar o menor acerto do árbitro da RDA, Adolf Prokop, para fazer a festa.

No ar pairou a injustiça do resultado, mas também a certeza de ter nascido, como prometera Pinto da Costa, enquanto candidato à presidência do Clube, o FC Porto europeu.

























A equipa titular em Basileia - Da esquerda para a direita, em cima: Eurico, Lima Pereira, Eduardo Luís, Jaime Magalhães, João Pinto e Zé Beto; Em baixo: Vermelhinho, Jaime Pacheco, Sousa, Fernando Gomes e Frasco.

FICHA DO JOGO


























MAPA DE JOGOS DE TODA A ÉPOCA


































(clicar no quadro para ampliar)


No conjunto das 4 provas em que o FC Porto esteve envolvido, num total de 49 jogos, foram utilizados 23 atletas, aqui referenciados por ordem decrescente da sua participação: Jaime Pacheco e Zé Beto (48 jogos), Lima Pereira e Sousa (46), Eurico e João Pinto (45), Jaime Magalhães (42), Frasco e Gomes (38), Eduardo Luís (35), Vermelhinho (33), Costa (28), Walsh (26), Inácio e Jacques (25), Rodolfo (23), Quinito (15), Bobó (8), Semedo (5), Teixeirinha (3), Barradas e Júlio Sérgio (2) e Mariano (1). 

Fontes: Almanaque do FC Porto, de Rui Miguel Tovar; Fascículos do Jornal A Bola; Vídeo das Finais do FC Porto.

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