terça-feira, 9 de abril de 2013

SOLUÇÃO CHAMADA KELVIN















FICHA DO JOGO











































Cientes do imperativo de não poder falhar, o FC Porto entrou em campo na disposição de pagar as despesas do jogo, assumindo desde o primeiro apito do árbitro o comando da partida.  Disposição facilitada de algum modo pelo posicionamento táctico do adversário que se encolheu no seu meio campo, optando surpreendentemente por uma nítida preocupação defensiva, sem nunca porém, deixar de tentar explorar os espaços e os erros portistas.

Os Dragões, com muita posse de bola, como vem sendo hábito, mas demasiado lentos e previsíveis, sentiram muitas dificuldades para chegar à área do Braga, sempre muito povoada, insistindo e abusando dos cruzamentos, facilmente anulados pela eficiência defensiva minhota.

De quando em vez, aproveitando algumas abébias defensivas portistas, os bracarenses criaram perigo, aparecendo de forma privilegiada em zonas de finalização. Foi assim aos 18 minutos com Otamendi a fazer uma péssima recepção, a atrapalhar-se e com um imbecil toque de cabeça a assistir João Pedro, que isolado e perante Helton, se intimidou, rematou fraco e denunciado contra as pernas do guardião portista.

Poucos minutos depois deste aviso, o Braga chegou ao golo, numa preciosa combinação entre Alan e Mossoró, com remate colocado e em arco de Alan. Balde de água fria no Dragão.

Os azuis e brancos sentiram o golo, perturbaram-se mas a pouco e pouco foram recuperando o ânimo, mantendo a sua toada paciente de posse, à espera de um espaço ou um erro contrário que lhe permitisse chegar ao golo.

Cerca de quinze minutos depois, numa incursão de Danilo pelo meio campo, viu James Rodríguez solto, entre linhas à entrada da área, endossou-lhe a bola, este recebeu-a de costas para a baliza, rodou para a direita enquadrando-se com a baliza e, de pé esquerdo, disparou forte e colocado, sem hipóteses de defesa, repondo a igualdade. 





















O ânimo voltou à equipa contagiando a plateia. O FC Porto tornara-se então mais perigoso em busca do segundo golo que esteve perto de acontecer num remate cruzado de Jackson Martinez.

No segundo tempo esperava-se o assalto final à baliza minhota. Maicon ficou no balneário, por lesão entrando para o seu lugar Abdoulaye. A toada portista mantinha-se teimosamente lenta, incapaz de criar lances de ruptura. Vítor Pereira estava insatisfeito. Perder pontos não estava nas suas cogitações. Era necessário mexer com o jogo, dar-lhe maior velocidade e explorar com mais eficácia as alas. Christian Atsu foi o primeiro eleito, rendendo Defour. O jogo ganhou mais profundidade e a bola começou a chegar à área contrária com mais perigo.

Mas foi de bola parada que surgiu a mais perigosa oportunidade portista. João Moutinho apontou um livre para a área onde surgiu Otamendi a saltar mais alto e a cabecear forte contra a barra transversal.

O FC Porto cresceu de rendimento e as oportunidades começaram a multiplicar-se. Primeiro James num remate à meia volta, com a bola a ressaltar milagrosamente no corpo de um defensor e a sair pela linha de fundo e pouco depois novo remate nos ferros, desta vez num forte remate de Alex Sandro.

Depois de tanto azar um pouco de sorte. Vítor Pereira decidiu apostar no jovem Kelvin e não podia ter escolhido melhor opção.

Sete minutos depois já o brasileiro punha o Estádio em polvorosa. James tentou colocar a bola em Jackson, um defesa foi mais lesto afastando a bola que ficou ao dispor de Kelvin, que num gesto técnico perfeito, recebeu e disparou de pronto, fazendo a bola beijar as malhas da baliza de Quim. Estava consumada a reviravolta no resultado.





















Três minutos depois, na sequência de um canto marcado por James, Kelvin rematou de pronto e sem preparação para o último da noite.





















Vitória certa e justa, num jogo bastante complicado e que mantém acesa a chama da esperança na revalidação do título.

Destaque para Kelvin o homem do jogo pela importância dos golos que apontou.


4 comentários:

  1. Boas Rui,

    Antes de mais esperava que o Braga fosse fiel aos seu principios e viesse jogar o jogo "olhos nos olhos", no entanto foi ao Dragão com um autocarro, defendendo e tentando jogar no contra-ataque, como jogam as equipas que lutam para não descer.
    Por isso o FCP teve muitas dificuldades em entrar com bola junto da area do adversário.
    Penso que o FCP fez uma boa primeira parte com boas trocas de bola e com objectividade, que resultou no golo do empate. No entanto na segunda parte, e graças ao anti-jogo do Braga o jogo deixou de ter espectáculo e tornou-se desagradável, até que Kelvin desbloqueou com um golo pleno de intencionalidade. A partir daí o FCP soltou-se e fez aquilo que bem sabe jogou a Barça concluindo com mais um golo do Joker Kelvin.
    O Porto foi premiado por acreditar e o Braga penalizado por jogar ultra defensivamente.

    Um abraço

    http://fcportonoticias-dodragao.blogspot.pt/

    ResponderEliminar
  2. Pressionado pela vitória do clube do regime em Olhão e frente a um Braga que se apresentou no Dragão com o objectivo apenas de pontuar, jogando no estádio do F.C.Porto como joga uma equipa das ditas pequenas e que lutam apenas para não descer; dando um golo de avanço e criando com isso um acréscimo de nervosismo de se estendeu até às bancadas; o jogo de hoje, pelo importância e pela forma como decorreu, foi um teste ao carácter e à crença do conjunto azul e branco. E como conclusão, podemos dizer que se for sempre assim, se o espírito nos próximos jogos for o mesmo, é um óptimo sinal, sinal que os profissionais do F.C.Porto acreditam tanto como os adeptos e assim, vamos ter campeonato até ao fim.

    Os treinadores andam sempre lado a lado com o bestial e a besta. Ontem Vítor Pereira foi bestial.

    Abraço

    ResponderEliminar
  3. KEL(WIN)!!! Vitória! A chama do Dragão mantém-se acesa!
    Depois de um golo sofrido em contra-jogo, depois de uma substituição forçada, Vítor Pereira fez duas pensadas. E bem! Atsu imprimiu mais vigor atacante, Kelvin concretizou a reviravolta. O (improvável) herói do jogo reescreveu o seu nome: passa a chamar-se KelWIN!
    Após 70 partidas do Campeonato sem perder no Estádio do Dragão (é obra!), o FC Porto mantém-se na luta. Até ao lavar dos cestos é vindima. Cá vos esperamos, mouros do Império…

    ResponderEliminar

  4. caro Rui, caríssimas(os),

    é tão mais fácil criticar e/ou assobiar, não é? :D

    já demonstrar que estamos de corpo e alma com a nossa equipa do coração, custa um pouco mais...

    felizmente que, entre nós, ainda há quem não se resigne e não faça como o Miguel Sousa Tavares, na NORTADA, estenda uma «passadeira vermelha» e deite a toalha ao chão...

    somos Porto!, car@go!
    «este é o nosso destino»: «a vencer desde 1893»!

    saudações desportivas mas sempre pentacampeãs a todas(os) vós! ;)
    Miguel | Tomo II

    ResponderEliminar