terça-feira, 30 de outubro de 2012

OS DRAGÕES DE OURO















Realizou-se ontem à noite, no Coliseu do Porto, a cerimónia de entrega dos Dragões de Ouro, às figuras portistas que mais se destacaram na época passada, festa que contou com a cobertura televisiva do Porto Canal, mais uma vez.

Tenho pena que os responsáveis portistas sintam necessidade de convidar figuras externas ao clube, aparentemente para dar mais brilho à cerimónia. Preferia antes que esta festa fosse mais virada para o interior do Clube, menos formal e com maior ambiente de fervor clubista.

LISTA COMPLETA DOS DRAGÕES DE OURO 2011/12

FILIAIS E DELEGAÇÕES DO ANO: S. João da Madeira e Sidney (Austrália)
DIRIGENTE DO ANO: Dr. Paulo Nunes de Almeida
FUNCIONÁRIO DO ANO: Bandeirinha
CARREIRA: Cecília Matos
TÉCNICO DO ANO: Vítor Pereira (Futebol)
ATLETA DO ANO: Hulk (Futebol)
FUTEBOLISTA DO ANO: Maicon
ATLETA ALTA COMPETIÇÃO DO ANO: Wilson Davyes (Andebol)
ATLETA AMADOR DO ANO: Rui Manuel Costa (Bilhar)
REVELAÇÃO DO ANO: Gilberto Duarte (Andebol)
ATLETA JOVEM DO ANO: Tiago Ferreira (Futebol)
SÓCIO/ADEPTO DO ANO: Engº António Manuel Leitão Borges
PARCEIRO DO ANO: Zon
PROJECTO DO ANO: Equipa B
RECORDAÇÃO: Costa Soares

O presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso foi o galardoado-surpresa, com o título Dragão de Honra.

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

INTERNACIONAIS PORTISTAS (ESTRANGEIROS) - PARTE XXXVIII












Kazmierczak - Internacional E38: Vestiu a camisola da Selecção nacional da Polónia por 9 ocasiões (3 pelo MKS Pogon SSA, 5 pelo Boavista FC e 1 pelo FC Porto). A sua estreia aconteceu em 22 de Abril de 2005, em Chicago, num jogo amigável entre as selecções do México e da Polónia, cujo resultado terminou com um empate, por 1-1.

Enquanto atleta do FC Porto voltaria a envergar a camisola principal do seu país, para concretizar a sua 9ª e, até ver, última internacionalização, em 17 de Outubro de 2007, em Lodz, em jogo amigável que pôs em confronto a equipa da Polónia e da Hungria, que terminou com a vitória magiar, por 1-0.

Kazmierczak que já tinha sido campeão europeu Sub-18 com a selecção polaca da categoria, no Euro/2001, disputado na Finlândia, não foi muito utilizado na selecção principal, limitando a sua participação a alguns jogos amigáveis e a 4 jogos que serviram para ajudar o seu país a qualificar-se para a fase final do Euro/2008, na Áustria/Suíça, para a qual acabaria por não ser escolhido.

Natural de Leczyca, cidade da província de Lodz, na Polónia, iniciou o seu percurso futebolístico nas escolas de formação do LKS Lodz. Viria a estrear-se como jogador profissional, em Julho de 2000, ao serviço do modesto clube polaco, o Piotrcovia, tendo também representado o Górnik Leczna, antes de se transferir, em Julho de 2003 para o Pogon. Neste clube de Szczecin, o médio-centro haveria de fazer três temporadas de grande qualidade, somando 72 jogos e 10 golos, conseguindo inclusivamente a estreia na selecção nacional principal da Polónia.

Chegou a Portugal para representar o Boavista FC, no Verão de 2006, por empréstimo, assumindo-se como uma das figuras preponderantes do conjunto axadrezado. O seu bom desempenho logo despertou a cobiça dos «grandes» do futebol português e quando tudo indicava que iria assinar pelo Benfica, aconteceu um surpreendente volte-face, que se tornou já num clássico do futebol português, dada a frequência, com o jogador a optar pelo FC Porto, que na impossibilidade de contratar o bracarense Andrés Madrid, primeira escolha do treinador Jesualdo Ferreira, entrou na corrida pelo polaco, atleta menos combativo, mas com maior capacidade de passe e de concretização, para além de mais versátil, pois apresentava capacidades para fazer qualquer posição a meio-campo.

Nos Dragões, embora ligado contratualmente por 3 temporadas, o internacional polaco só fez parte do plantel portista na sua primeira época (2007/08), onde nunca conseguiu mostrar todas as qualidades que justificaram a sua contratação, acabando por participar apenas em 19 jogos (11 CN, 5 TP, 1 TL, 1 ST e 1 CE), 9 dos quais como titular. Estreou-se oficialmente com a camisola do FC Porto, em 26 de Setembro de 2007, no Estádio Municipal de Fátima, contra o Grupo Desportivo local, em jogo da Taça da Liga, em que os Dragões foram eliminados. A sua participação de azul e branco garantiu-lhe a concretização de um golo, conseguido na Sertã, dos quatro com que o FC Porto eliminou o Sertanense da Taça de Portugal.

A sua pouca utilização aliada à incapacidade manifesta para se impor no plantel, provocaram o seu emprétimo na época imediata (2008/09), ao clube inglês do Derby County, do segundo escalão do futebol de Sua Majestade, onde acabou por ser mais regular, participando em 22 jogos do campeonato (12 como titular e 10 como suplente).

Regressou a Portugal em Julho de 2009, depois de ter rescindido o contrato que o ligava ao FC Porto, para assinar pelo Vitória de Setúbal, onde conseguiu melhorar de algum modo as suas performances. Pelos sadinos, o médio polaco participou em 30 jogos (28 CN e 2 TL), 22 dos quais como titular.

Em Agosto de 2010 voltou ao seu país natal para representar o Slask Wroclaw, com quem tem acordo até Junho de 2013.

Palmarés ao serviço do FC Porto:
1 Campeonato Nacional (2007/08)


(Continua)
Fontes: European Football National Team Matches e base de dados de Rui Anjos



domingo, 28 de outubro de 2012

NÃO FOI FÁCIL FINTAR A TRADIÇÃO


















FICHA DO JOGO
























(Clicar no quadro para ampliar)

Mais uma vez, o FC Porto sentiu dificuldades para vencer no Estádio António Coimbra da Mota. Não foi fácil fintar a tradição. Os campeões nacionais não entraram bem na partida, começando por praticar um futebol lento, previsível e fácil de anular, quiçá, passe o exagero, numa réplica do estilo da equipa B.

Ao contrário, o Estoril Praia, com a lição bem estudada, apareceu desde o primeiro minuto, bem organizado defensivamente, com os seus jogadores muito solidários nas entreajudas e nas compensações,  quase sempre bem na ocupação dos espaços, muito pressionantes e agressivos, não dando por isso espaço de manobra para que o futebol portista pudesse fluir. A par disto tudo ainda sobrou tempo para de vez em quando ir à área portista criar dificuldades. Teve ainda o condão de aproveitar uma falha defensiva para se adiantar no marcador, logo aos 10 minutos. Na sequência de um canto, Licá ao primeiro poste tocou de cabeça, a bola foi embater na trave e perante a passividade da defesa portista surgiu Steven Vitória a tocar completamente à vontade para a baliza.

Os Dragões tiveram o comando da partida e mais posse de bola mas não os souberam aproveitar. Podem contudo queixar-se de algum infortúnio pois viram duas bolas esbarrar nos ferros da baliza estorilista.

No retorno dos balneários, finalmente o FC Porto encontrou a atitude certa e os espaços começaram a surgir. O jogo tornara-se de sentido único. A equipa da casa já não acertava com as marcações e a reviravolta no marcador aconteceu em apenas três minutos. Primeiro na sequência de um belo trabalho de Jackson Martinez que foi à linha cruzar com peso, conta e medida, para a entrada fulgurante de Silvestre Varela de cabeça fazer o golo do empate. Depois, na sequência de um livre marcado por João Moutinho, Jackson Martinez saltou mais alto que a concorrência e encaixou a bola nas redes, concretizando a remontada.

O Estoril ainda procurou num ou noutro lance criar perigo mas os campeões nacionais não mais perderam o domínio do encontro criando até mais dois ou três lances que poderiam ter matado o jogo.




















Realce para mais uma bela performance do avançado colombiano Jackson Martinez que voltou a ser o melhor jogador em campo e para o 1000º jogo do Presidente Pinto da Costa, justamente festejado com mais uma vitória.

CONTRARIAR AS MÁS TRADIÇÕES








No regresso ao futebol caseiro, que é como quem diz, à Liga nacional, os campeões nacionais vão-se deslocar ao Estádio António Coimbra da Mota, onde a história portista regista alguns dissabores. Em toda a história dos confrontos entre estas duas equipas, neste palco, o registo é desfavorável para os Dragões, que em 24 jogos ali disputados já sofreram 10 derrotas, empataram 5 e venceram 9.

As estatísticas valem o que valem, mas no fundo reflectem as dificuldades já tradicionais, que só um FC Porto concentrado poderá contrariar. Este encontro enquadra-se, quanto a mim, naqueles que me suscitam mais preocupações, não só por este facto mas também porque se vai seguir a um jogo bastante exigente da Champions que terá provocado algum desgaste e poderá induzir os atletas, agora a uma abordagem menos rigorosa e mais relaxante, com os efeitos nefastos que tal atitude poderá causar, como já causou em jogos do passado recente.

Vítor Pereira não fez grandes alterações na escolha dos atletas para este encontro. Alex Sandro continua indisponível por lesão. Miguel Lopes, Abdoulaye e Kléber, também ficaram de fora por opção. De entrada na lista de convocados estão Rolando e Iturbe.

LISTA DO CONVOCADOS

























EQUIPA PROVÁVEL





















COMPETIÇÃO: Liga Zon Sagres 2012/13 - 7ª Jornada
PALCO DO JOGO: Estádio António Coimbra da Mota - Estoril
DATA E HORA DO JOGO: 28 de Outubro de 2012, às 20:15 h
ÁRBITRO: João Capela - A.F. Lisboa
TRANSMISSÃO: SportTv1

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

PORTO, PORTO, PORTO ÉS A NOSSA GLÓRIA!

















FICHA DO JOGO
























(Clicar no quadro para ampliar)




















Com uma primeira parte de bom nível, o FC Porto construiu a terceira vitória consecutiva no Grupo A, da Champions League, capitalizando assim alguma tranquilidade para gerir sem stresses os três últimos jogos.

Os campeões nacionais assumiram desde o primeiro minuto o controlo do jogo, perante um adversário categorizado, que sempre tentou contrariar o maior ascendente portista, criando algumas dificuldades, especialmente na exemplar execução das bolas paradas.

O primeiro golo azul e branco surgiu de uma execução primorosa de Silvestre Varela, que recebeu um passe de Lucho na zona frontal da baliza, recolheu com perfeição e de imediato, à meia volta, disparou um petardo sem hipóteses de defesa.

Os ucranianos, reagiram de pronto e na sequência de um canto igualaram 6 minutos após.

O FC Porto continuou à procura de novo golo, quase sempre utilizando pouca velocidade, mas conseguindo impor alguma pressão, empurrando o adversário para a sua área.

A nove minutos do intervalo, James Rodriguez, em posição frontal, serviu o seu compatriota Jackson Martinez. O avançado aguentou a carga do defesa contrário e de pé esquerdo atirou para o segundo golo portista.

No segundo tempo, as equipas não conseguiram oferecer a mesma qualidade de jogo, pecando pelo excesso de passes falhados, tendo a equipa portista sentido mais dificuldades já que o jogo ficou mais repartido. As oportunidades escasseavam e quando apareciam eram desaproveitadas.

Aos 72 minutos os ucranianos voltaram a empatar, numa altura em que apareceram mais perigosos, junto da baliza portista. Ideye, bem servido por Yarmolenco, apareceu isolado frente a Helton, contando com a passividade quer de Maicon, como de Mangala, para de primeira fuzilar as redes azuis e brancas.

Com 18 minutos ainda para jogar e com as equipas encaixadas, parecia que o resultado não iria mais se modificar. O FC Porto já não tinha a mesma clarividência, eram notórias algumas preocupações defensivas, mas tudo ainda podia acontecer.

Num lance de contra-ataque, Danilo, aproveitando o adiantamento da defesa ucraniana, lançou rápido na direita Lucho Gonzalez que foi à linha cruzar com peso, conta e medida para a entrada oportuna de Jackson Martinez. O colombiano só teve que empurrar. Estava assim consumada a terceira vitória, garantindo a liderança isolada com o pleno de pontos.

Sem conseguir o brilhantismo do jogo contra o Paris SG, os Dragões foram ainda assim bem superiores ao Dínamo Kiev, justificando o triunfo. Jackson Martinez foi para mim, a figura VIP deste jogo, num conjunto com outras boas exibições (Helton, Fernando e James Rodríguez).

terça-feira, 23 de outubro de 2012

UM PORTO DE GALA PARA A EUROPA









É na qualidade de líder do grupo A que os campeões nacionais vão receber, no mais belo Estádio do mundo, a equipa ucraniana do Dínamo de Kieve, emblema já nosso conhecido e que nos remete para feitos inesquecíveis, aquando dos confrontos para a então Taça dos Clubes Campeões Europeus, nos dois jogos das meias-finais, que o FC Porto venceu pelo mesmo resultado (2-1), e que viria a culminar com a conquista do Troféu, em Maio de 1987, frente ao Bayern de Munique.













Para repetir idêntica performance, os Dragões vão ter de actuar com o máximo de concentração e inspiração. A vitória tornaria a qualificação muito mais próxima, mas que ninguém conte com facilidades.

O treinador Vítor Pereira convocou os seus melhores jogadores o que não surpreende, face   à qualidade do adversário em confronto. O brasileiro Alex Sandro constitui a maior adversidade, em virtude da sua lesão, que o afastou de mais este encontro, tanto mais que para o seu lugar, o treinador terá de recorrer a uma adaptação. Miguel Lopes e Mangala, são os possíveis substitutos. 

LISTA DOS CONVOCADOS


EQUIPA PROVÁVEL





















COMPETIÇÃO: Champions League - Grupo A - 3ª Jornada
PALCO DO JOGO: Estádio do Dragão - Porto - Portugal
DATA E HORA DO JOGO: 24 de Outubro de 2012, às 19:45 h
ÁRBITRO: Pavel Královec - República Checa
TRANSMISSÃO: SportTv1

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

INTERNACIONAIS PORTISTAS (ESTRANGEIROS) PARTE XXXVII












Milan Stepanov - Internacional E37: Envergou a camisola da Selecção nacional da Sérvia por 6 vezes (5 pelo Trabzonspor e 1 pelo FC Porto). A sua estreia na selecção principal aconteceu em 16 de Agosto de 2006, na cidade checa de Uherske Hradist, num jogo amigável entre as selecções da Rep. Checa e a Sérvia, que terminou com a vitória dos sérvios por 3-1.

Enquanto atleta do FC Porto, voltaria a envergar a camisola da selecção do seu país, para concretizar a sua 6ª, e até ver, última internacionalização, em 13 de Outubro de 2007, em Yerevan, jogo de qualificação para o Euro/2008, que pôs em confronto a Arménia e a Sérvia, que terminou com um empate sem golos.

Natural de Novi Sad, segunda maior cidade da Sérvia, situada a norte da província de Vojvodina, Stepanov fez toda a sua formação no clube local, o FK Vojvodina, clube onde se estreou como profissional em Janeiro de 2001 e onde viria a ganhar o estatuto de capitão da equipa.

Em Janeiro de 2005 transferiu-se para a Turquia, para representar o Trabzonspor. As suas prestações no clube turco, bem como ao serviço da Selecção Sub-21 do seu país (nessa altura ainda integrada com Montenegro), tornou-o num alvo apetecível, quiçá um dos defesas centrais mais cobiçado.

Os responsáveis portistas, sempre atentos às evoluções do mercado, necessitando de substituto para Pepe, cedido ao Real Madrid, no Verão de 2007,  pela módica quantia de  30 milhões de euros, antecipou-se à categorizada concorrência e, por 4 milhões de euros, assegurou o seu concurso.

Bruno Alves, Pedro Emanuel e João Paulo eram os centrais com quem o sérvio teria de discutir um lugar no onze titular, pelo que não teve vida fácil, só fazendo a sua estreia oficial nesse jogo de má memória, em 26 de Setembro de 2007, no estádio Municipal de Fátima, em jogo a contar para a 3ª eliminatória da Taça da Liga (a primeira com os principais clubes do escalão principal), tendo a equipa portista, formada quase na sua totalidade por segundas linhas, sido surpreendentemente eliminada na marcação das grandes penalidades. Stepanov foi uma das excepções, num conjunto de más prestações, rubricando uma exibição positiva, premiada pelo treinador Jesualdo Ferreira com a titularidade nas oito partidas seguintes. Porém, uma exibição desastrosa na Amadora, onde esteve directamente ligado ao empate consentido nessa partida, afastou-o do jogo seguinte, contra o Setúbal. Reapareceu em Anfield Road, contra o Liverpool, onde voltou a comprometer, acabando por não resistir a mais uma desastrada exibição, não mais voltando à equipa, recuperado que foi Pedro Emanuel.

No final dessa primeira época o saldo não era satisfatório. Realizou 10 jogos completos, num conjunto de exibições pautadas por enorme irregularidade, onde alternou momentos de elevada capacidade técnica, manchadas por outros verdadeiramente desastrosos.

Na época seguinte (2008/09), com a entrada de Rolando, o atleta sérvio ficou sem espaço, limitando as suas participações aos jogos da Taça de Portugal e da Taça da Liga, onde não mostrou qualquer tipo de evolução, acabando por ser cedido por empréstimo, ao Málaga de Espanha, em Julho de 2009.

Enquanto jogador do FC Porto, Stepanov participou em 27 jogos.

Em Julho de 2010, voltou à Turquia para representar o Bursaspor, tendo mudado para o Mersin Idmanyurdu, também da Turquia, em Julho de 2012.

Palmarés ao serviço do FC Porto:
2 Campeonatos nacionais (2007/08 e 2008/09)
1 Taça de Portugal (2008/09)























(Continua)
Fontes: European Football National Team Matches e Base de dados pessoal de Rui Anjos

sábado, 20 de outubro de 2012

TRIUNFO ASSENTE EM BANALIDADES!

















FICHA DO JOGO
























(Clicar no quadro para ampliar)






















Num conjunto constituído por nove jogadores nada habituais no onze titular, era expectável alguma descaracterização, menor rendimento colectivo e até menor motivação, face à modéstia do adversário. Contudo, não era suposto tanta falta de brio e tão pouca ambição, especialmente em jogadores que vivem choramingando a falta de oportunidades para demonstrarem o seu valor.

Ora Vítor Pereira, deu-lhes ensejo de fazerem a demonstração que tanto reclamavam, ainda que na forma de um presente envenenado. Tanta alteração simultânea numa equipa, tem o condão de a transfigurar para pior, face à falta de ligação, de automatismos, à falta de consistência colectiva, que provoca falta de confiança, mesmo em atletas ditos de eleição.

Como se ainda não bastasse, Vítor Pereira, acreditando na imensa debilidade do adversário, surpreendeu ao colocar o renegado Rolando, fora do seu lugar habitual, atribuindo-lhe a função de trinco.

A estratégia acabou por se revelar nefasta sob o ponto de vista exibicional já que a equipa do FC Porto jamais se libertou do oceano de banalidades em que mergulhou.

Frente a uma equipa sem argumentos, que não fossem apenas o apelo à dignidade, ao brio e ao espírito de sacrifício, os campeões nacionais não foram capazes de honrar o emblema que ostentaram na sua camisola, desrespeitando o esforço e a dedicação de todos os adeptos do futebol em geral e os do Clube em particular.

Foi uma má propaganda ao futebol portista, um atentado ao futebol profissional e um exemplo para não repetir.

Por isso não vou sequer comentar aspectos do futebol jogado, porque não encontro matéria para o fazer, tão mal esse futebol foi tratado.

Não vou sequer individualizar porque foi penoso constatar a mediocridade de todos atletas portistas chamados ao jogo, que independentemente da atenuante da descaracterização da equipa, não conseguiram em momento algum fazer valer a qualidade individual de cada um. Assim não!

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

QUE A RAPAZIADA MOSTRE O QUE VALE








No regresso às competições, o FC Porto vai-se deslocar a Vizela para defrontar o Sta. Eulália, clube que milita na III Divisão nacional - Série B, onde ocupa de momento a 5ª posição com 9 pontos, a 3 do líder FC Felgueiras.

Será a oportunidade para os atletas do FC Porto menos utilizados, mostrarem o que valem. O treinador Vítor Pereira, apostou neles, convencido das potencialidades que possuem. Esperamos que a agarrem com unhas e dentes,  ambição, garra e classe.

Da lista dos convocados ficaram de fora a maioria dos consagrados, como já vem sendo habitual, especialmente quando os adversários são de escalões inferiores. A maior surpresa constitui a inclusão do avançado brasileiro Sebá, atleta da equipa B.

LISTA DOS CONVOCADOS

























Com tantas caras novas, não vai ser fácil acertar nas ideias do treinador para a composição do onze titular, ainda assim...


EQUIPA PROVÁVEL





















COMPETIÇÃO: Taça de Portugal - 3ª Eliminatória
PALCO DO JOGO: Estádio do FC Vizela - Vizela
DATA E HORA DO JOGO: 20 de Outubro de 2012, às 14:30 h
ÁRBITRO: Rui Costa - A.F. Porto
TRANSMISSÃO: SportTv1

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

SEM RAÇA, SEM CRIATIVIDADE E SEM EFICÁCIA

FICHA DO JOGO
(Clicar no quadro para ampliar)

Portugal necessitava de vencer para não perder o comboio da qualificação para a fase final do Mundial, contudo, os atletas não demonstraram em campo, a raça, a ambição, o querer, a criatividade e a classe, que ninguém tem dúvidas que possuem.

Disso se aproveitou a modesta selecção da Irlanda do Norte, que sem fazer quase nada para isso viu-se a ganhar a partir dos 30 minutos, num lance de contra-ataque, a explorar muito bem a deficiente cobertura defensiva portuguesa nesse lance.

Portugal fez uma primeira parte amorfa, inconsistente, pouco ligada, patenteando uma incapacidade atroz para criar desequilíbrios, muito por culpa da imperícia dos jogadores mais criativos da selecção nacional. Problemas de recepção de bola, passes transviados, dificuldades de criar espaços, perdas de bola em locais proibidos, escolha das piores opções para o remate, foram as maiores dificuldades dos jogadores portugueses. Neste período, as duas melhores oportunidades surgiram em lances quase infelizes dos defesas adversários que quase faziam auto-golos.

No segundo tempo, as coisas melhoraram, mas ficou evidente a falta de ideias e a ineficácia no remate, quase sempre feito em desespero. Portugal conseguiu minorar o escândalo, com um golo algo feliz aos 79 minutos e depois disso procurou o golo da vitória de forma desesperada, descoordenada, mais com o coração do que com a cabeça.
Os três atletas do FC Porto foram chamados ao jogo. João Moutinho durante os 90 minutos, esforçado como é seu timbre mas com pouco brilho, Miguel Lopes jogou a primeira parte e não foi por ele que a defesa tremeu e Silvestre Varela jogou os últimos 29 minutos, contagiado pela mediocridade geral da equipa.

Portugal caiu para o terceiro lugar e fica agora a depender de terceiros para se apurar directamente.

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

GANHAR PARA NÃO PERDER O COMBOIO







Depois da derrota imerecida na Rússia, a Portugal só a vitória interessa para manter bem acesa a ambição de qualificação directa.

A equipa, a avaliar pelas declarações dos seus responsáveis e atletas, parece não ter ficado animicamente diminuída e parece apostada em rectificar o resultado negativo que a atirou para o segundo lugar do grupo.




















Paulo Bento viu-se forçado a dispensar os lesionados Fábio Coentrão e Raul Meireles, chamando ao estágio o defesa direito Nelson, que actua no Bétis de Sevilha.

Tudo leva a crer que as apostas iniciais, no onze titular, vão recair nas soluções já preconizadas no jogo anterior, Miguel Lopes, no lado esquerdo da defesa portuguesa e Rúben Micael, no meio-campo.

EQUIPA PROVÁVEL






















COMPETIÇÃO: Mundial/2014 - Fase de qualificação - 4ª Jornada, Grupo F
PALCO DO JOGO: Estádio do Dragão - Porto - Portugal
DATA E HORA DO JOGO: 16 de Outubro de 2012, às 20:45 h
ÁRBITRO: Thorsten Kinhofer - Alemanha
TRANSMISSÃO: RTP1

INTERNACIONAIS PORTISTAS (ESTRANGEIROS) - PARTE XXXVI












Jorge Fucile - Internacional E36: Vestiu a camisola da Selecção nacional do Uruguai por 32 vezes (1 pelo Liverpool FC, 30 pelo FC Porto e 1 Pelo Santos FC).

A sua estreia pela Selecção nacional principal data de 24 de Maio de 2006, no jogo amigável entre as selecções do Uruguai e da Roménia, disputado em Los Angeles, que terminou com a vitória do seleccionado sul-americano, por 2-0.

Enquanto atleta do FC Porto, voltaria a envergar a camisola do seu país, para concretizar a sua 2ª internacionalização,  em 8 de Fevereiro de 2007, na cidade de Cúcuta, para o amigável entre a Colômbia e o Uruguai, com nova vitória, agora por 3-1.

Em 2010, Fucile participou na histórica campanha do Uruguai, no Mundial da África do Sul, onde conquistou um honroso 4º lugar, posição que os uruguaios não alcançavam desde 1970.

Fucile estivera antes na fase final da Copa América de 2007, disputado na Venezuela.

Natural da capital uruguaia, Montevideu, fez a sua formação no clube local, o Liverpool FC, onde em 2005 chegou à equipa principal. As sua boas performances, aliadas à sua irreverência, juventude e margem de progressão, despertaram natural interesse nos responsáveis portistas que conseguiram o seu concurso, por empréstimo com opção de compra.

Defesa lateral direito de raiz, Fucile cedo demonstrou capacidades para jogar com a mesma eficácia do lado contrário. O uruguaio define-se como um cumpridor táctico por excelência, ocupando bem os espaços defensivos. Possuidor de elevado espírito de sacrifício, disponibilidade física e raça, é simultaneamente um atleta bastante ofensivo, dando cumprimento ao futebol da equipa, com apoio importante ao ataque, onde frequentemente utiliza as diagonais para o centro que lhe proporcionam belas oportunidades para rematar com perigo.

Jorge Fucile chegou ao Dragão em 2006 e rapidamente «apanhou» a mística portista, convencendo a SAD a contratá-lo a título definitivo, ainda no decorrer da sua primeira época. A sua estreia oficial com a camisola do FC Porto, aconteceu em 17 de Outubro de 2006, no estádio do Dragão, frente à equipa alemã do Hamburgo, jogo da 3ª jornada da fase de grupos da Chapions League, que terminou com a goleada portista por 4-1. O seu último jogo foi em 1 de Novembro de 2011, em Nicósia, frente ao Appoel, jogo da 4ª jornada da Champions League, com derrota portista por 2-1. Depois deste jogo, não mais voltaria a fazer parte dos eleitos de Vítor Pereira, que o apelidou de jogador pouco exigente, dispensando-o do plantel. Acabou por servir de moeda de troca, por empréstimo, para a antecipação da vinda de Danilo, nesse mercado de Inverno. O uruguaio continua presentemente emprestado ao Santos FC, do Brasil.

Durante o período em que jogou de azul e branco (Junho de 2006 a Dezembro 2011), Fucile participou em 158 jogos e marcou um golo.

Palmarés ao serviço do FC Porto:
1 Europe League (2010/11)
5 Campeonatos nacionais (2006/07, 2007/08, 2008/09, 2010/11 e 2011/12)
3 Taças de Portugal (2008/09, 2009/10 e 2010/11)
4 Supertaças Cândido de Oliveira (2005/06, 2008/09, 2009/10 e 2010/11)


















































(Continua)
Fontes: Home of Football Statistics and History; Worldfootball,net; Fifa.com; Almanaque oficial do FC Porto, de Rui Miguel Tovar e Arquivo pessoal de Rui Anjos.

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

AMBIÇÃO CONGELADA, COM GOLO CONSENTIDO!
















FICHA DO JOGO






















(Clicar no quadro para ampliar)

A Selecção nacional portuguesa não foi capaz de construir um resultado positivo, frente a um adversário que se mostrou mais competente no que se decide uma partida, o golo.

Os portugueses tiveram mais posse de bola, mas raras vezes conseguiram desequilíbrios suficientemente eficazes para marcar golos.

Os russos, bem organizados defensivamente, acabaram por tirar partido dos erros que a equipa lusitana, uma vez por outra, iam acumulando. As jogadas mais perigosas junto à área portuguesa nasceram exactamente de situações desse tipo.

Foi assim que os russos chegaram à vantagem, logo ao 6 minutos. Rúben Micael, que foi titular no lugar do lesionado Raul Meireles, quando iniciava uma acção ofensiva, fez um passe errado, ainda no meio-campo português, aproveitando Shirokov para, com um passe eficaz, isolar o seu companheiro Kerzhakov, que com toda a calma e apenas com Patrício pela frente, atirou a contar.

Depois, durante todo o jogo, os portugueses tentaram reagir mas quase sempre sem eficácia nem imaginação. Passes mal medidos, pouca ligação e opções erradas não fizeram jus à maior posse de bola.

Os jogadores mais influentes estiveram longe do seu melhor e a equipa acabou derrotada naturalmente. De resto, as declarações de alguns jogadores bem como do seleccionador, durante a semana, de que este jogo não era decisivo, creio que deixava adivinhar o espírito da turma nacional para este jogo.

Resta acrescentar que os três atletas do FC Porto, que fazem parte da convocatória para esta dupla jornada, foram todos utilizados, com performances distintas. João Moutinho, como titular, jogando o tempo todo, teve um comportamento positivo, pautando pela regularidade. Miguel Lopes, saltou do banco aos 20 minutos para substituir Coentrão que se lesionara.  Teve de jogar na lateral esquerda, cumprindo bem essa função. Já Silvestre Varela foi chamado ao jogo, aos 66 minutos, entrando muito desconcentrado e trapalhão.

A Rússia, com esta vitória, isola-se no comando do grupo.

Portugal volta a jogar no próximo dia 16, no Porto, frente à Irlanda do Norte.

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

SEM COMPETIÇÃO DE CLUBES, ENTRA A SELECÇÃO!









A Selecção nacional de Portugal volta a entrar em acção, em termos de qualificação para o Mundial/2014, do Brasil, desta vez para se bater com o adversário que em princípio deverá inspirar maiores cuidados, pois trata-se de um dos mais sérios candidatos ao apuramento directo do grupo F. 

Trata-se da renovada equipa da Rússia, treinada agora pelo italiano Fábio Capello.

Após duas jornadas, ambas as selecções partilham a liderança, com 6 pontos, resultantes das duas vitórias que ambas conseguiram.

Ainda que seja muito cedo para se poder falar em jogos decisivos, a verdade porém é que quem vencer esta partida ficará naturalmente melhor posicionado para conseguir o objectivo.

























O seleccionador nacional Paulo Bento escolheu os 23 jogadores para esta jornada dupla ( a 4ª está marcada para 16 de Outubro, no Porto, contra a Irlanda do Norte), com poucas surpresas. Sereno volta ao convívio dos eleitos e o improvável central Luís Neto faz a sua estreia nas convocatórias. 

Desta lista fazem parte 3 jogadores do FC Porto:











LISTA COMPLETA DOS CONVOCADOS

FC PORTO (Portugal): 3 - Miguel Lopes, João Moutinho e Silvestre Varela
SC Braga (Portugal): 5 - Beto, Custódio, Rúben Amorim, Rúben Micael e Éder
Sporting CP (Portugal): 1 - Rui Patrício
Real Madrid (Espanha): 3 - Pepe, Fábio Coentrão e Cristiano Ronaldo
Valência (Espanha): 1- João Pereira
Saragoça (Espanha): 1 - Hélder Postiga
Dep. Coruña (Espanha): 2 - Pizzi e Nélson Oliveira
Valladolid (Espanha): 1 - Sereno
Manchester United (Inglaterra): 1 - Nani
Siena (Itália): 1 - Luís Neto
Istambul (Turquia): 1 - Eduardo
Fenerbahçe (Turquia): 1 - Raul Meireles
Zenit (Rússia): 1 - Bruno Alves
Dínamo Kieve (Rússia): 1 - Miguel Veloso

EQUIPA PROVÁVEL






















COMPETIÇÃO: Mundial/2014 - Fase de qualificação - 3ª Jornada Grupo F
PALCO DO JOGO: Estádio Luzhniki - Moscovo - Rússia
DATA E HORA DO JOGO: 12 de Outubro de 2012, às 16:00 h
ÁRBITRO: Viktor Cassai - Hungria
TRANSMISSÃO: RTP1

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

INTERNACIONAIS PORTISTAS (ESTRANGEIROS) - PARTE XXXV


Helton - Internacional E35: Envergou a camisola da Selecção principal do Brasil em 4 ocasiões, todas enquanto jogador do FC Porto. A sua estreia data de 7 de Outubro de 2006, na cidade de Kuwait, num jogo amigável entre o Kuwait e o Brasil, que terminou com a goleada brasileira por 4-0.

Ao magnífico guardião brasileiro foram-lhe dadas muito poucas oportunidades de brilhar na baliza da Selecção principal, mas ainda antes de lá chegar, tinha sido ele o escolhido para defender o Brasil no Mundial Sub-20, na Malásia em 1997, bem como da Selecção Olímpica, que disputou em Sidney, no ano 2000, o Torneio Olímpico de Futebol.

Pela Selecção principal, curiosidade para o facto de ter defrontado Portugal, em Londres e nos quatro jogos disputados ter sofrido apenas 2 golos, nunca tendo provado o sabor amargo da derrota ( 4 jogos, 3 vitórias e 1 empate). Helton esteve ainda presente, como suplente não utilizado, na fase final da Copa América de 2007, disputado na Venezuela.

Natural de São Gonçalo, município brasileiro do Estado do Rio de Janeiro, fez a sua formação no Vasco da Gama, clube que o lançou no profissionalismo no ano 2000. Helton fixou-se desde logo na equipa titular que participou no Mundial de clubes.

Em 2002 recebeu e aceitou o convite vindo de Portugal para representar o União de Leiria, onde foi figura de destaque, durante as 3 épocas que ali jogou, despertando a cobiça dos «grandes» do futebol nacional.

Transferiu-se para o FC Porto na época de 2005/06, para discutir o lugar com o consagrado Vítor Baía, estreando-se oficialmente com o emblema dos Dragões em 11 de Janeiro de 2006, na Figueira da Foz, frente à Naval 1º de Maio, em jogo a contar para a 5ª eliminatória da Taça de Portugal, que o FC Porto venceu por 2-1.

A sua primeira época foi marcada pela forte concorrência do quase insubstituível Vítor Baía. Também outros tinham tentado tirar-lhe o protagonismo, mas sem êxito. A sua chegada à titularidade não deixou no entanto de ficar envolta em alguma polémica e aconteceu após a surpreendente derrota portista na Amadora, em 15 de Janeiro de 2006, aquando da 18ª Jornada do campeonato nacional. Baía não estivera particularmente feliz e Co Adriaanse, o técnico na altura, remeteu-o inapelavelmente para o banco. Helton foi titular em 5 jornadas consecutivas, mas o «peso» de Baía fez-lo regressar ao banco nos 6 jogos seguintes. A partir de 26 de Março (28ª Jornada), o guardião brasileiro agarrou definitivamente o lugar, confirmando-o com Jesualdo Ferreira, André Villas-Boas e Vítor Pereira, seus treinadores seguintes.

A classe, a frieza, a coragem e as suas capacidades técnica e humana, transformaram-no num dos jogadores nucleares da equipa. Conta já, até este preciso momento, com 248 jogos oficiais disputados, com a camisola do FC Porto, tendo capitaneado a equipa por diversas vezes.

Com 34 anos de idade, Helton renovou o seu contrato até 2014, o que faz prever que poderá terminar a sua carreira de azul e branco vestido.

Palmarés ao serviço do FC Porto:
1 Liga Europa (2010/11)
6 Campeonatos nacionais (2005/06, 2006/07, 2007/08, 2008/09, 2010/11 e 2001/12)
4 Taças de Portugal (2005/06, 2008/09, 2009/2010 e 2010/11)
5 Supertaças Cândido de Oliveira (2005/06, 2008/09, 2009/10, 2010/11 e 2011/12)

(Continua)
Fontes: Home of Football Statistics and Story; Worldfootball.net; Fifa.com; Almanaque Oficial do FC Porto, de Rui Miguel Tovar e Arquivo pessoal de Rui Anjos