segunda-feira, 13 de junho de 2011

INTERNACIONAIS PORTISTAS (ANOS 80) - PARTE III

Jaime Pacheco - 66º internacional: Com 25 internacionalizações (11 pelo FC Porto, 13 pelo Sporting e 1 pelo V. Setúbal), fez a sua estreia na Selecção nacional em 23 de Fevereiro de 1983, num jogo particular com a Alemanha, em Lisboa, com vitória por 1-0.

Saltou do Aliados de Lordelo, clube da sua terra natal, para a fama e êxito no FC Porto. Depois da final de Basileia, desertou com Sousa, de forma polémica, para o Sporting, despoletando a célebre e pronta resposta de Pinto da Costa, com a surpreendente contratação de Paulo Futre. Por isso, ambos falharam a conquista do bicampeonato conquistado por Artur Jorge, entre 1984 e 1986. Arrependido, regressou às Antas, tal como Sousa, duas épocas depois, para ser Campeão Europeu e Mundial.

Pacheco não era apenas um «guerreiro», tinha também bons pés e dimensão futebolística acima da média, quer a defender como a organizar ou a atacar.

Venceu no FC Porto 1 Taça Intercontinental, 1 Taça dos Clubes Campeões Europeus, 1 Supertaça Europeia, 1 Campeonato Nacional e 2 Taças de Portugal.
Eduardo Luís - 67º internacional: Vestiu a camisola das quinas por 8 vezes (1 pelo Marítimo e 7 pelo FC Porto), com estreia a 24 de Setembro de 1980, em jogo particular contra a Itália, em Génova, representava então a equipa insular. Em 2 de Junho de 1984, já como atleta de FC Porto, voltou à Selecção nacional, num particular contra a Jugoslávia.

Natural de Loures, iniciou-se no Olivais e Moscavide, passando depois pelo Benfica e pelo Marítimo, clube onde o FC Porto o foi contratar, na temporada de 1982/83.

Jogador de grande rigor táctico e eficácia, actuava ao seu melhor nível quer na zona central da defesa como a lateral esquerdo, lugares que desempenhou sempre com grande lucidez.

Ao serviço dos Dragões, Eduardo Luís venceu 3 Campeonatos Nacionais, 2 Taças de Portugal e 3 Supertaças Nacionais. A nível internacional esteve presente na primeira final europeia da história do FC Porto, em Basileia/1984, quando os portistas defrontaram e perderam contra os italianos da Juventus. Venceu a Taça dos Clubes Campeões Europeus, em Viena de Áustria e a Taça Intercontinental, em Tóquio.
Carlos Manuel O. Silva (Vermelhinho) - 68º internacional: Vestiu a camisola da Selecção nacional em duas ocasiões, com estreia em 2 de Junho de 1984, num particular contra a Jugoslávia.

Natural de S. João da Madeira, iniciou a sua carreira em 1977/78 na A.D. Sanjoanense. Jogou ainda no R.D. Águeda, transferindo-se a meio da temporada de 1982/83 para o FC Porto.

Foi o autor do golo inesquecível, em Aberdeen (Escócia), que projectou a equipa portista para a final da Taça das Taças de 1984.

A sua passagem pelos Dragões foi curta, pois em 1987/88, Vermelhinho foi emprestado ao G.D. Chaves, ficando na história do clube transmontano que pela primeira vez disputou uma prova europeia. Na temporada seguinte regressou às Antas, mas em 1989/90 transferiu-se para o Braga. Jogou ainda no Espinho e terminou a sua carreira ao serviço no seu primeiro clube, a Sanjoanense.

No FC Porto venceu 1 Taça dos Clubes Campeões Europeus (jogou apenas 90 minutos), 2 Campeonatos Nacionais, 1 Taça de Portugal e 2 Supertaças Nacionais.
Paulo Futre - 69º internacional: 41 internacionalizações (1 pelo Sporting, 12 Pelo FC Porto, 19 pelo Atlético de Madrid, 4 pelo Benfica, 2 pelo Marselha e 3 pela Reggiana). Estreou-se pela Selecção nacional em 21 de Agosto de 1983, num jogo de apuramento para o Campeonato da Europa, com goleada (5-0), frente à Finlândia, representava então o Sporting. Como atleta do FC Porto, fez o primeiro jogo em 5 de Setembro de 1984, no amigável Portugal-Bulgária, com vitória portuguesa, por 1-0. Apontou um total de 6 golos.

Atleta da formação do Sporting, foi contratado por Pinto da Costa em 1984, numa operação relâmpago, como resposta à investida dos leões aos dois jogadores do FC Porto, Sousa e Jaime Pacheco, que tornaram tensas as relações entre os dois clubes. O clube lisboeta propunha-se emprestar nessa época o atleta à Académica de Coimbra.

Dotado de um pé esquerdo fabuloso, rapidez de execução e drible estonteante, Futre encantou as Antas, Portugal e a Europa. Viria a ter uma exibição memorável na final dos Clubes Campeões Europeus de 1987, em Viena frente ao colosso Bayern de Munique, despertando a cobiça de vários clubes.

Foi impossível segurá-lo por mais tempo, tendo sido transferido para o Atlético de Madrid pela
louca verba de 100 mil contos (500 mil euros), protagonizando a transferência mais cara, até então, do futebol português.

Foi bicampeão nacional pelo FC Porto (1984/85 e 1985/86), ganhou duas Supertaças nacionais (1984 e 1986) e foi Campeão Europeu (1986/87).
(Continua)

Fontes: European Footeball; História oficial do FC Porto, de Alfredo Barbosa; FC Porto - Figuras e Factos 1893-2005, de J.Tamagnini Barbosa e Manuel Dias.

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