segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

ARREPIAR CAMINHO ANTES QUE SEJA TARDE

A pobre e preocupante exibição do FC Porto frente ao Rio Ave, aconteceu no seguimento de outras do género, que em rigor, se foram registando desde 7 de Novembro, altura do pico da curva ascendente do nível exibicional dos Dragões, que culminou com a goleada ao Benfica, por 5-0.

De então para cá, a curva vem descrevendo uma trajectória descendente, numa queda mais ou menos suave e intermitente, composto por altos e baixos, até ao final do ano, mas mais vertiginosa, desde o início deste ano, tendo já originado duas derrotas, em pleno Estádio do Dragão, bem como um certo desconforto entre a massa adepta do Clube, que sofre e manifesta o seu desagrado recorrendo à assobiadela que tanto irrita a equipa técnica, jogadores e uma franja de adeptos mais pacientes.


O técnico vai tentando fazer passar uma mensagem de normalidade e controlo da situação, escudando-se na confortável vantagem amealhada na primeira metade do campeonato. Que outra coisa poderá fazer?

Entretanto, pelo caminho já ficou a Taça da Liga, de aparente fraco interesse, enquanto a Taça de Portugal parece levar o mesmo caminho, após a derrota por 0-2 frente ao rival, em casa, hipotecando seriamente a possibilidade de chegar à final para discutir o ambicionado Tri, nesta prova.

A verdade é que as desculpas e os argumentos apresentados por AVB, não escondem a demonstração de dificuldades, face ao abaixamento de forma e constantes lesões, algumas demasiados prolongadas, de jogadores nucleares, agravadas pelo cansaço e desgaste de um calendário extremamente sobrecarregado e rigoroso, patentes de forma inequívoca nos últimos encontros.

Todos sabemos como é extremamente difícil conseguir uma época inteira sem quebras, sempre ao melhor nível. Creio não haver portista algum, desconhecedor desta realidade. Resultados de 1-0, como o de ontem, são perfeitamente naturais e aceitáveis. O que gera descontentamento é a tremideira, a falta de confiança dos atletas, a falta de iniciativa, a falta de chama, a falta de criatividade, a falta de classe, a falta de eficácia, enfim, a falta de estaleca que caracteriza os campeões. Não é a praticar este futebol empastelado e trapalhão que vamos continuar a ganhar. Mais tarde ou mais cedo as consequências nefastas acabarão por se alastrarem às competições onde ainda temos ambições.

Há que tomar medidas adequadas enquanto ainda é tempo.

2 comentários:

  1. Dificilmente alguma equipa consegue manter durante uma época inteira o mesmo nível de forma. O Futebol Clube do Porto não será excepção. A nossa equipa tem uma excelente margem de segurança, pelo que não se justifica uma tão grande ansiedade por parte da sua massa adepta. Os próximos jogos vão dar-me razão.

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  2. É tudo verdade e subscrevo o que aqui está escrito, mas estou certo que esta fase menos boa se deve, em grande parte, às ausências de Falcao e Álvaro. Com eles em campo nestes últimos jogos, provavelmente nem estaríamos a debater isto. No entanto, temos feito um trajecto no campeonato de que só nos podemos orgulhar. A má noite com o B5nf7ca é que estragou um pouco as contas da Taça. Mas ainda estamos no intervalo. Eu não atirei ainda a toalha ao chão. Acredito que vamos dar a volta a esta fase e vamos ter ainda o Porto que nos impressionou e tão orgulhosos nos deixou!

    Cumprimentos.

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